2016
DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2016.109305
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Resfriamento das sociedades quentes? – Crítica da modernidade, história intelectual, história política

Abstract: Esse artigo faz das interpretações de Claude Lévi-Strauss e François Hartog acerca da mudança da sensibilidade europeia sobre o tempo e a história, quando da passagem do século XX para o XXI, um ponto de partida para tratar da crítica aos ideais da modernidade que marca as ciências sociais e humanas na atualidade. Em seguida, discutiremos as relações entre os pares modernidade/tempo histórico, de Reinhart Koselleck, e presentismo/regimes de historicidade, de François Hartog. Por fim, para demonstrar a fertilid… Show more

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“…Todavia, a constante mobilização de passado, presente e futuro feita por Hobsbawm, Attali e Eco, chama a atenção ao menos para o quão complexo é o debate. Se, conforme afirma Francine Iegelski (2016), no regime de historicidade presentista, o futuro teria perdido o poder de inteligibilidade que havia ganhado no regime de historicidade moderno; os intelectuais estudados e o próprio clima do final do milênio, marcado por diversos sentimentos relativos ao porvir, parecem mostrar o contrário: uma popularização do imaginário sobre o futuro, acompanhado do uso do presente e do passado para se entender a lógica temporal.…”
Section: Intelectuais E Reflexões Sobre O Futuro No Fim Do Milêniounclassified
“…Todavia, a constante mobilização de passado, presente e futuro feita por Hobsbawm, Attali e Eco, chama a atenção ao menos para o quão complexo é o debate. Se, conforme afirma Francine Iegelski (2016), no regime de historicidade presentista, o futuro teria perdido o poder de inteligibilidade que havia ganhado no regime de historicidade moderno; os intelectuais estudados e o próprio clima do final do milênio, marcado por diversos sentimentos relativos ao porvir, parecem mostrar o contrário: uma popularização do imaginário sobre o futuro, acompanhado do uso do presente e do passado para se entender a lógica temporal.…”
Section: Intelectuais E Reflexões Sobre O Futuro No Fim Do Milêniounclassified
“…A despeito da repercussão e da transposição dos diagnósticos da "era da comemoração" e do presentismo para outros contextos nacionais, a aplicação de tais categorias para as experiências de tempo na sociedade brasileira nas primeiras duas décadas da Nova República parecem ser bastante imprudente, pelo menos no que se diz respeito a pressuposição da constatação de crise de futuro. Como destacam Mateus Pereira (2012) e Francine Iegelski (2016), o marco da queda do Muro de Berlim tido como indício do esfacelamento do horizonte de um futuro utópico não condiz com o contexto brasileiro de redemocratização no final da década de 1980, quando diversos projetos sociais e políticos de futuro estavam sendo construídos e disputados. Como afirma Pereira (2012), "a discussão do "presentismo", tal qual elaborado por Hartog, é indossociável da própria "crise" atual da França, dos intelectuais franceses, dos (des) caminhos da disciplina naquele espaço social", o que implica questionar qual tempo está em crise e de quem é a crise.…”
Section: IIunclassified
“…Para o historiador francês, um dos claros sinais do presentismo seria a descrença no progresso, a desilusão com relação ao porvir. Conforme Francine Iegelski (2016), no regime de historicidade presentista, o futuro teria perdido o poder de inteligibilidade que havia ganhado no regime de historicidade moderno. Além disso, o presente apontaria para várias direções, gerando, consequentemente, uma grande diversidade de representações do amanhã.…”
Section: Introductionunclassified