A presente pesquisa teve como principal objetivo analisar as principais regiões produtoras de café arábica no Brasil, no período compreendido entre os anos de 2008 e 2018, com foco nos custos de produção ligados às produtividade e rentabilidade das lavouras. O estudo se baseou nas Teorias de Produção e de Custos de Produção. A pesquisa é identificada como quantitativa, descritiva e aplicada. Para a análise estatística foi utilizada a estatística descritiva e a técnica de Análise Envoltória de Dados (DEA) orientada a inputs e outputs, pelos modelos CCR (CHARNES, COOPER e RHODES, 1978) e BCC (BANKER, CHARNES e COOPER, 1984). Os custos de produção, a produtividade e a rentabilidade foram detalhadas para as sete regiões analisadas do Brasil: Cristalina (GO), Franca (SP), Londrina (PR), Luis Eduardo Magalhães (BA), Patrocínio (MG), São Sebastião do Paraíso (MG) e Venda Nova do Emigrante (ES), de acordo com os tipos de cultivo mecanizado, semimecanizado, manual e irrigado, com dados extraídos da plataforma da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Através da análise da eficiência técnica buscou-se analisar e apontar as reduções necessárias dos custos ligados aos desperdícios e à eficiência de escala ao serem apresentadas quais unidades operam em escala ótima, com melhores produtividades e rentabilidades. Como resultados as regiões que apresentaram maiores destaques em eficiência foram de Franca e Londrina, que se apresentaram como benchmarks pelo modelo CCR, sendo a primeira também referência pelo modelo BCC, juntamente a Luis Eduardo Magalhães. Logo, no aspecto ineficiência, a região de São Sebastião do Paraíso, nos cultivos semimecanizado e mecanizado, apresentaram resultados ruins quanto ao gerenciamento da lavoura. Nota-se que o adensamento do solo, o sistema de cultivo da lavoura, desde o manual até a mecanização e irrigação, a colheita do fruto e a quantidade de fertilizantes utilizados interferem no custo do café. Foi possível observar um destaque relacionado à utilização de máquinas e equipamentos no cultivo, além do emprego da tecnologia, fatores estes que podem proporcionar maior produtividade, melhor qualidade e gestão e, por consequente, melhor rentabilidade. Todavia, quando não gerenciados de forma correta, ocasionam retornos negativos importantes para o produtor rural, o torna de fundamental importância relacionar a teoria a prática na gestão da lavoura.