Resumo Este artigo explora as interseções entre os mundos dos livres, libertos e escravos, propondo reflexões sobre as hierarquias e desigualdades gestadas pela escravidão brasileira. A partir de métodos e técnicas da história da família, da demografia histórica e da análise de redes sociais, reconstituíram-se as relações de compadrio de uma família em seu processo histórico de confirmação da liberdade, o qual se apresentou difuso e repleto de estratégias que contornavam incertezas. Como conclusão, demonstrou-se a liberdade como uma condição que cotidianamente precisou ser confirmada por indivíduos libertos e alforriados, o que salienta a força sistêmica da escravidão na formação social brasileira.