Reproductive Phenology, Seed Dispersal and Seed Predation inSyagrus romanzoffianain a Highly Fragmented Landscape

Abstract

IntroduçãoA predação de sementes é um dos principais fatores que afetam o recrutamento de plantas nas florestas tropicais. De acordo com o modelo de Janzen-Connell, a predação de sementes é maior em áreas onde esse recurso ocorre em altas densidades (Janzen 1970;Connell 1971). A palmeira Astrocaryum aculeatissimum, endêmica da Mata Atlântica, ocorre da Bahia a Santa Catarina e Minas Gerais, nas florestas ombrófilas de solos não inundáveis (Lorenzi et al. 2004). Os frutos são obovóides, geralmente com uma semente, cobertos por pequenos espinhos pretos. O mesocarpo é fino e fibroso, com coloração amarela quando maduro e o endocarpo é rígido (Henderson 1995), variando de 2,8 a 5,8cm de comprimento e de 2,5 a 3,9cm de diâmetro (n=242). Duas espécies de besouros foram encontradas predando as sementes desta palmeira nas áreas estudadas, o bruquídeo Caryoborus serripes (Bruchidae: Pachymerinae) e o escolitídeo Coccotrypes sp. (Curculionidae: Scolytinae), que infestam as sementes quando os frutos maduros encontram-se no chão (dados não publicados).Este estudo teve como objetivo verificar se a predação de sementes de Astrocaryum aculeatissimum por esses besouros é influenciada pela densidade de sementes em baixo das plantas que lhes deram origem. Material e MétodosO estudo foi realizado nos dois maiores remanescentes de Mata Atlântica de Baixada do estado do Rio de Janeiro, as Reservas Biológicas Poço das Antas (6300 ha) e União (3126 ha), distantes c. 30km entre si. O clima da região é tropical quente e úmido, com temperatura média anual de 24 ºC e precipitação anual média de 2100 mm. Durante o estudo a estação úmida variou de setembro a março e a estação seca de abril a agosto (Programa Mata Atlântica, dados não publicados). Taxas de predação de sementes foram obtidas a partir dos endocarpos que permaneceram sob a planta-mãe. Todos os endocarpos encontrados em um raio de dois metros ao redor do estipe foram coletados sob adultos de A. aculeatissimum localizados em áreas planas, espaçados 50m entre si e a pelo quatro metros de distância de outro adulto co-específico. Cada semente foi classificada como intacta, predada por Caryoborus serripes, predada por Coccotrypes sp. ou predada por ambos os besouros, de acordo com os furos de entrada e/ou saída deixados pelos animais no endocarpo. As sementes que foram classificadas como intactas tiveram seus endocarpos abertos para confirmar a ausência de larvas, pupas ou imagos. Os endocarpos foram coletados de abril a maio de 2003, tendo ficado expostos à predação por pelo menos quatro meses após a queda dos frutos. As taxas de predação de sementes foram estimadas como a proporção de sementes predadas por besouros em relação ao número total de sementes encontradas sob a planta-mãe. Para testar se a proporção de sementes predadas dependia do número de endocarpos encontrados sob a planta-mãe, foi utilizada uma análise de regressão simples. Resultados e DiscussãoForam coletados 549 endocarpos sob 33 adultos de A. aculeatissimum, sendo 13 em Poço das Antas e 20 na União. O número de e...

Longevidad y germinación de semillas de Syagrus romanzoffiana (Arecaceae) y sus implicaciones ecológicas

“…Few studies have evaluated the palm trees capacity to form seed banks (Dickie, Balick, & Linington, 1992;Ribeiro et al, 2012), which is of great importance for the regeneration of plant communities (Fenner, 1992). S. romanzoffiana shows abundant fruiting throughout the year (Genini, Galetti, & Morellato, 2009;Freire, Closel, Hasui, & Ramos, 2013), therefore, the continuous replenishment of viable seeds in the soil appears to be crucial for the regeneration of the species, apparently compensating for the low seed longevity and inability to form a persistent seed bank. The distribution of fruiting throughout the year implies that S. romanzoffiana seeds may be subject to different environmental conditions after dispersion because the species grows in seasonal environments.…”

“…The distribution of fruiting throughout the year implies that S. romanzoffiana seeds may be subject to different environmental conditions after dispersion because the species grows in seasonal environments. The peak fruiting is variable but usually concentrated between March and May (Genini et al, 2009;Freire et al, 2013). Considering the time required to reach full maturation and dispersal of the fruits, the seed bank installed in July managed to reflect the common natural behavior for the species.…”

Reproductive phenology, seed removal and early regeneration in relation to distance from parental plants of a native palm in small Atlantic forest fragments

“…However, some seed predators, such as squirrels, may occasionally act as seed dispersers allowing a certain degree of seed distribution (Terborgh 2013). The squirrel Guerlinguetus ingrami is an important seed predator and possibly disperser of S. romanzoffiana (Paschoal & Galetti 1995;Bordignon et al 1996;Fleury & Galetti 2006;Freire et al 2013;Mendes et al 2015). In spite seed predation by squirrels is not reported in other Atlantic forest fragments smaller than 10 ha (Fleury & Galetti 2006;Freire et al 2013) our small fragments are not very distant apart from each other which allow movements of squirrels among some of them (V. Mariano & A.V.…”

“…Syagrus romanzoffiana produces fruits and seeds during the whole year (see also Genini et al 2009;Liebsch & Mikich 2009;Freire et al 2013) offering fruits during the winter, which is the usual period of scarcity of fleshy fruits (see Morellato et al 2000;Genini et al 2009). This highlights the potential role of this palm as a keystone resource for frugivores in small Atlantic forest fragments (Silva et al 2011).…”

“…In contrast to frugivores few species are able to prey on the seed, which is protected by a thick endocarp. Seed predators include beetle larvae (especially Revena rubiginosa (Boheman, 1836), Curculionidae) and squirrels (Guerlinguetus ingrami (Thomas, 1901), Sciuridae) (Galetti et al 1992;Fleury & Galetti 2006;Freire et al 2013;Mendes et al 2015).…”