Reproductive cycle of Anomalocardia brasiliana (Mollusca: Bivalvia: Veneridae) in the estuary of the Cachoeira River, Ilhéus, Bahia

Abstract

The aim of this study was to characterize the reproductive cycle of Anomalocardia brasiliana, typical of the estuarine region of the Cachoeira River, Ilhéus, Bahia, Brazil. For this purpose, 20 specimens were collected biweekly between August 2005 and August 2006 on an intertidal bank (14° 48' 23" S and 39° 02' 47" W). The animals were measured on the anteroposterior axis (length), examined macroscopically and removed from the shell and fixed in Davidson's solution. Subsequently, the tissues were impregnated in paraffin, cut into 7 mm sections and stained with Harris hematoxylin and eosin (HE). The slides were examined under a light microscope. The water temperature at the site ranged from 24 to 30.5 °C (mean: 27.4 °C; SD ± 1.9), salinity from zero to 23 (mean: 13.7; SD ± 7.5) and rainfall from 28.3 mm to 248.8 mm monthly (yearly mean: 130 mm). The sample (n = 478) showed a sex ratio (M: F) of 1: 1.2 (p < 0.05) and no cases of hermaphroditism. There was no sexual dimorphism. Males and females showed reproductive synchrony. The reproductive cycle was continuous, with releases of gametes mainly in spring, summer and autumn. These results are similar to those found in other regions, but there was no reproductive rest period as reported for populations in higher latitudes.Keywords: Bivalves, gametogenic cycle, reproductive stages, sex ratio, Bahia. O processamento posterior dos tecidos incluiu impregnação em parafina, obtenção de cortes com 7 mm de espessura e coloração com Hematoxilina de Harris e Eosina (HE). As lâminas foram examinadas em microscopia de luz. A temperatura da água do local variou de 24 a 30,5 °C (média: 27,4 °C; DP ± 1,9), a salinidade de zero a 23 (média: 13,7; DP ± 7,5) e a precipitação pluviométrica mensal de 28,3 mm a 248,8 mm (valor médio anual: 130 mm). A população analisada (n = 478) apresentou proporção sexual (M: F) de 1: 1,2 (p < 0,05) e nenhum caso de hermafroditismo. Não houve dimorfismo sexual. Machos e fêmeas apresentaram sincronismo reprodutivo e o ciclo de reprodução foi contínuo, com pequenos picos de liberação de gametas principalmente na primavera, no verão e no outono. Esses resultados foram similares aos encontrados em outras regiões, porém não houve um período de repouso sexual propriamente dito, como está relatado em populações de latitudes mais altas. Ciclo reprodutivo de

Reproductive cycle of Tagelus plebeius (Mollusca: Bivalvia) in the estuary of the Cachoeira River, Ilhéus, Bahia, Brazil

“…Information is available for Donax hanleyanus Philippi, 1847 (Gil and Tomé, 2004a), Chione pubera (Bory Saint-Vicent, 1827) (Borzone et al, 2001), Perna perna (Linnaeus, 1758) (Galvão et al, 2006), Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) (Narchi, 1976;Grotta and Lunetta, 1980;Barreira and Araújo, 2005;Luz and Boehs, 2011) and Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828) (Nascimento and Lunetta, 1978;Nascimento et al, 1980;Lenz and Boehs, 2011).…”

“…To date only the reproductive cycle of A. brasiliana has been studied in this region (Luz and Boehs, 2011). Tagelus plebeius is concentrated mainly at a site called "Coroa do Meio", where it forms a bank and where it is harvested daily (Ramos, 2002) by people living nearby, with no management or tracking of the stock.…”

Reproductive periods of Lucina pectinata (BIVALVE; LUCINIDAE) in the Paranaguá Estuarine Complex, Paraná - Brazil

“…It is known that water temperature influences the process of maturation and release of gametes, as observed in native oysters of the genus Crassostrea (Absher, 1989;Christo and Absher, 2006) and Pteria hirundo (Salvador et al, 2011); Anomalocardia brasiliana cockle (Boehs et al, 2008;Luz and Boehs, 2011); Nodipecten nodosus scallop (Albuquerque and Ferreira, 2006;Rupp and Parsons, 2004); Perna perna mussel (Ferreira and Magalhães, 2004); Tagelus plebeius (Ceuta and Boehs, 2012) and Crassostrea gigas cultivated oyster (Manzoni and Schmitt, 1997).…”

Ciclo gametogênico e comportamento reprodutivo de Iphigenia brasiliana (Mollusca, Bivalvia, Donacidae) no estuário do rio Subaé, Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil

“…A destruição dos folículos, então, ocorre pelos lisossomos produzidos durante a vitelogênese e pelas enzimas liberadas pela quebra da parede do ovócito (avendaño & Le Pennec, 1997 (narchi, 1976;nascimento & Lunetta, 1978;avendaño & Le Pennec, 1997;Pouvreau et al, 2000;Borzone et al, 2001;morriconi et al, 2002;Borzone et al, 2003;GiL & thomé, 2004a;suárez et al, 2005;Luz & Boehs, 2011) também constataram que diferentes espécies passam da condição de eliminação para início de desenvolvimento de novos ovócitos sem que haja um período de repouso definido, como descrito por rodríGuez-rúa et al (2003b) para Scrobicularia plana. O ciclo reprodutivo contínuo testemunhado para machos e fêmeas de Iphigenia brasiliana pode estar relacionado às temperaturas mais ou menos elevadas e constantes (Luz & Boehs, 2011) da água da BTS, aumentando o sucesso reprodutivo (toro et al, 2002) através da redução da possibilidade de uma falha no recrutamento da população e sua consequente extinção, principalmente para aquelas espécies de menor longevidade (Borzone et al, 2003). Para Pouvreau et al (2000), a eliminação contínua de gametas é uma estratégia oportunista que consiste em investir energia extra para a produção de gametas, mesmo que os parâmetros ambientais sejam restritivos à gametogênese.…”

“…Por isso, os ciclos reprodutivos de várias espécies de bivalves têm sido amplamente estudados (narchi, 1976;nascimento & Luneta, 1978;camPos et al, 1998;GasPar et al, 1999;Pouvreau et al, 2000;Borzone et al, 2001Borzone et al, , 2003rodríGuez-rúa et al, 2003a,b;GiL & thomé, 2004a;morsan & KroecK, 2005;suárez et al, 2005;Luz & Boehs, 2011). Iphigenia brasiliana (Lamarck, 1818) é um bivalve conhecido vulgarmente como "tarioba" ou "taioba".…”