Representações sociais de pessoas com diabetes acerca do apoio familiar percebido em relação ao tratamento

Abstract

RESUMOEstudo qualitativo, que teve como objetivo identificar as representações sociais de pessoas com diabetes acerca do apoio familiar percebido em relação ao tratamento. Como referencial teórico-metodológico utilizou-se a Teoria das Representações Sociais. Participaram 41 pessoas com diabetes atendidas em um centro universitário do interior paulista em 2007. O grupo focal foi utilizado como estratégia de coleta dos dados. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Os resultados possibilitaram identificar três categorias: o apoio da famí-lia está presente no cotidiano da pessoa com diabetes; a família nem sempre apóia a pessoa com diabetes em suas necessidades; a própria pessoa com diabetes toma para si a responsabilidade de despertar o apoio da família. Os participantes reconhecem o apoio familiar como um fator relevante para o tratamento, porém também apontam que o excesso de controle exercido pelos familiares restringe sua autonomia e desperta sentimentos ambíguos. A equipe multiprofissional precisa considerar que o conhecimento das representações socialmente construídas contribui para potencializar a atenção em saúde à pessoa com diabetes. Los datos fueron sometidos a análisis de contenido temático. Los resultados identificaron tres categorías: el apoyo familiar está presente en el cotidiano del diabético; la familia no siempre apoya al diabético en sus necesidades; la propia persona diabéti-ca toma la responsabilidad de despertar el apoyo familiar. Los participantes destacan al apoyo familiar como factor relevante para el tratamiento, sin embargo reportan que el exceso de control ejercido por familiares restringe su autonomía y despierta sentimientos ambiguos. El equipo multidisciplinario necesita considerar que el conocimiento de las representaciones socialmente construidas contribuye a potencializar la atención sanitaria al diabético. DESCRITORES

<b>Avaliação do impacto da diabetes mellitus na qualidade de vida de idosos / Evaluation of the impact of diabetes mellitus on the quality of life of aged people<b/>

“…Estes resultados são corroborados por um estudo realizado no interior do estado de São Paulo no qual os idosos apontaram a importância da presença da família Entretanto, mesmo verificando que a maioria dos idosos afirma não se sentir sozinho com a diabetes e que a família e os amigos oferecem suporte, uma parcela significativa manifestou-se de forma contrária (43% e 36,8%, respectivamente), resultado corroborado por outro estudo (19) . Sabe-se que a diabetes impõe adequação aos diversos hábitos de vida, como alimentação, atividade física e uso de medicamentos, que podem ser amenizados com a presença, participação e incentivo da família.…”

The Construction of the Psycho-sociological Knowledge on Diabetes Mellitus

“…Others, in their own time, developed researches focused on the treatment, as it was the case for Stuhler (2012), and about the nutritional orientations analyzed by Biasi (2011, Barsaglini and Canesqui (2010). Besides, Mantovani, Fegonesi, Pelai, Saviane Pagotto (2013) and Coelho, Silva and Padilha (2009) comprehended SR regarding the diabetic foot, the same way that other authors studied the service provided by health professionals and about family support noticed during treatment (Ribas, Santos, Zanetti, & Zanetti, 2013;Santos et al, 2011).…”

Qualidade de Vida, Depressão e Adesão ao Tratamento de Pessoas com Diabetes Mellitus Tipo 2

“…Foi observada correlação moderada e positiva (p<0,05) entre o domínio Problemas relacionados ao apoio social e o BDI, o que sugere que a rede social influencia o estado psicológico da pessoa com DM2. De acordo com o tipo de representação social que a pessoa com DM possui, esta poderá estar mais suscetível a sentimentos de tristeza, desânimo e revolta decorrente de um tratamento rígido que exige disciplina e abdicação de determinados prazeres 24 . A correlação entre o domínio do B-PAID, Problemas relacionados à alimentação, com o BDI, sugere que quanto maior a percepção de problemas relacionados à alimentação, maior é a tendência à depressão.…”