Representações sociais de homens sobre autocuidado e pressão alta

Abstract

Objetivo: compreender as representações sociais de homens sobre autocuidado e pressão alta. Método: pesquisa qualitativa alicerçada na Teoria das Representações Sociais (abordagens processual e estrutural) e no conceito de Déficit de autocuidado de Orem. Realizada em via pública em uma cidade da Zona da Mata mineira com 118 homens (idade ≥18anos). Coletados os dados de caracterização sociodemográficas, as técnicas de evocação livre das palavras e a entrevista individual em profundidade com gravação de áudio guiada por questões norteadoras. Os dados foram consolidados com apoio dos softwares: EVOC®, SPSS24, Nvivo Pro11 e Iramuteq. Realizada análise de conteúdo (adensamento teórico - coeficiente de Pearson). Atendidos os aspectos ético-legais. Resultados: faixa etária predominante 18-29 anos (41,5%). Foram categorias emergentes: 1) adesão às ações preventivas no autocuidado da hipertensão (demonstraram conhecimento e inserção dos participantes) e; 2) negligências ao autocuidado nas ações preventivas da hipertensão (evidenciou-se dúvidas ou justificativas para os homens não se cuidarem). Considerações finais: o grupo consideraque o autocuidado é a responsabilidade em terhábitos saudáveis (alimentação e atividade física) para prevenção de doenças; e apressão alta é influenciada por: alimentação desregrada, sedentarismo e estresse, sendo necessário o autocuidado para o controle e manutenção da saúde.

Hábitos alimentares e suas influências sobre a saúde de hipertensos

“…Diante da relação de alimentos apresentados pelos participantes e categorizados, segundo eles, em saudáveis e não saudáveis verifica-se que eles possuem um conhecimento satisfatório a respeito dos hábitos alimentares saudáveis e não saudáveis, bem como a necessidade de modificação de seus comportamentos alimentares visando melhorias sobre a Qualidade de Vida (QV) e saúde 1,[3][4] .…”

“…Neste contexto de gravidade, cabe ressaltar a importância da equipe de enfermagem, seja no âmbito do registro e acompanhamento dos índices pressóricos que devem ser medidos de forma sistematizada e correta, obedecendo-se a todas as etapas de aferição (palpatória, oscilométrica e auscultatória), seja na identificação precoce dos sinais e sintomas associados à assistência de enfermagem cardiovascular 1,[3][4]9 .…”

“…Demonstra-se a compreensão de que a mudança é necessária, visando-se o controle da DCV e prevenindo possíveis complicações associadas: Nesta perspectiva, observa-se nas falas apresentadas na classe 1, uma mudança dos participantes nos hábitos alimentares, com a apresentação de discursos mais conscientes a respeito de sua busca contínua por um estilo de vida saudável, ressaltando assim, a importância do conhecimento da pessoa cuidada em relação a sua doença e o tratamento implementado, das complicações que podem ocorrer devido a não mudança no estilo de vida e os resultados da não aderência correta ao tratamento clínico e farmacológico. Deste modo, a pessoa torna-se protagonista do seu próprio cuidado 4,[6][7] .…”

“…A HAS é uma comorbidade crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão arterial acima dos valores de referência, ou seja, Pressão Arterial: Sistólica (PAS) ≥140 mmHg e, Diastólica (PAD) ≥90 mmHg 1,3 . As medidas devem ser evidenciadas em, no mínimo, três aferições distintas e em condições de monitoramento dos índices pressóricos de maneira sistemática por profissional de saúde habilitado [3][4] .…”

“…Nota-se, portanto, que dentre os fatores de risco modificáveis, seis deles relacionam-se diretamente com os hábitos alimentares (sobrepeso, alimentação irregular, hipercolesterolemia, hiperglicemia, hipernatremia e hipocalemia), os quais requerem mudanças no estilo de vida como estratégia de cuidado essencial e fundamental para o controle da HAS. Sendo assim, uma das principais medidas envolve a manutenção e/ou aquisição de uma dieta saudável que favoreça, não só o controle, mas a prevenção da HAS e do quadro geral de saúde [3][4] .…”