2009
DOI: 10.1590/s0102-44502009000300012
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Representações discursivas da pobreza e gramática

Abstract: IntroduçãoO propósito de vincular representações discursivas da pobreza à gramática justifica-se por duas razões no contexto deste trabalho. Por um lado, busco discutir o aspecto funcional da linguagem, associado a situações que implicam a representação da pobreza no discurso, sobretudo, na voz de adolescentes que vivem em situação de privação social e extrema carência. Por outro lado, procuro investir na relação que existe entre as bases funcionais da linguagem sugeridas por Halliday (1994), dentro da Linguís… Show more

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“…A situação de rua é um grave problema social, com consequências desastrosas sobre as vidas de milhões de pessoas no mundo (ONU 2013). Entretanto, o problema vem sendo naturalizado, apagado ou distorcido em diversos textos publicados nos jornais ou transmitidos em outros veículos midiáticos (ver, por exemplo, Pardo Abril 2008, Silva 2009, Soares 2011, Pardo 2012, Montecino e Arancibia 2013). A naturalização da situação de rua, que deixa de ser percebida como um problema, e o expurgo de pessoas em situação de rua, que são representadas como categoria a ser apartada e expurgada da sociedade, são problemas sociais parcialmente discursivos porque a representação discursiva da situação de rua (também, mas não somente, na mídia) influencia os modos como percebemos e reagimos à vulnerabilidade social, e os modos como identificamos pessoas em situação de rua e nos identificamos em relação a essa situação (Resende 2009b(Resende , 2012.…”
Section: Situação De Rua E Violação De Direitos: Uma História De Vio-unclassified
“…A situação de rua é um grave problema social, com consequências desastrosas sobre as vidas de milhões de pessoas no mundo (ONU 2013). Entretanto, o problema vem sendo naturalizado, apagado ou distorcido em diversos textos publicados nos jornais ou transmitidos em outros veículos midiáticos (ver, por exemplo, Pardo Abril 2008, Silva 2009, Soares 2011, Pardo 2012, Montecino e Arancibia 2013). A naturalização da situação de rua, que deixa de ser percebida como um problema, e o expurgo de pessoas em situação de rua, que são representadas como categoria a ser apartada e expurgada da sociedade, são problemas sociais parcialmente discursivos porque a representação discursiva da situação de rua (também, mas não somente, na mídia) influencia os modos como percebemos e reagimos à vulnerabilidade social, e os modos como identificamos pessoas em situação de rua e nos identificamos em relação a essa situação (Resende 2009b(Resende , 2012.…”
Section: Situação De Rua E Violação De Direitos: Uma História De Vio-unclassified
“…A pobreza é um sério problema social global (Alcock, 2006), com consequências desastrosas para a vida de milhões de pessoas no mundo. No entanto, a cobertura da pobreza, incluindo o que poderia ser chamado de sua indústria circundante (organizações não governamentais, organizações intergovernamentais e organismos internacionais), é frequentemente distorcida, apagada ou naturalizada de várias maneiras por jornais, transmissões e outros veículos de mídia (Pardo April 2008;Silva, 2009;Pardo, 2012;Pardo e Noblía, 2015Resende, 2016a). Embora a questão da pobreza continue a ser um dos mais importantes itens de notícias globais, é também um dos mais negligenciados (Lugo-Ocando, 2015).…”
Section: Pobreza E Jornalismo: Práticas Transformadoras? Introduçãounclassified
“…Poverty is a serious global social problem (Alcock, 2006), with disastrous consequences on the lives of millions in the world. However, coverage of the problem, including what might be called the surrounding industry that responds to it (NGOs, intergovernmental and international organizations), is easily distorted, erased, or naturalized in various ways by newspapers, broadcasts and other media vehicles (Pardo, April 2008;Silva, 2009;Pardo, 2012;Pardo, Noblía, 2015;Pardo, Noblia, 2016;Resende, 2016a). While poverty continues to be one of the most important global issues, as these facts indicate, it is also one of the most neglected (Lugo-Ocando, 2015: 15).…”
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