Repensando a gestão editorial de periódico acadêmico no campo da Administração

Abstract

Resumo Este artigo descreve o histórico da criação do periódico Cadernos EBAPE.BR para destacar sua evolução, em termos de gestão editorial, no período de junho de 2009 a dezembro de 2012. Ao questionar como o Cadernos EBAPE.BR contribui com o estudo da Administração, acabo por refletir acerca do papel dos periódicos acadêmicos e dos correspondentes desafios editoriais diante da elevada pressão institucional por produção acadêmica publicada.

Dissertações e teses produzidas pela Academia Brasileira de Ciências Contábeis e a análise da perspectiva de impacto social

“…A comunidade acadêmica tem demonstrado preocupação com a questão do impacto social, isto é, com a geração de benefícios pelas instituições de ensino e pesquisa, e com o conhecimento por elas gerado para a sociedade, e em especial para o mundo dos negócios (WOOD JÚNIOR, 2017;LAZZARINI, 2017). Em narrativa confessional, Guedes (2018) analisa que seu desafio pessoal de produzir pesquisa aplicada provocou reflexões acerca da distância entre o que é lido, ensinado e escrito por ela e as implicações políticas, sociais e organizacionais dessa mesma produção acadêmica. A autora propõe algumas reflexões aos acadêmicos: "Por que nós, como produtores e consumidores de conhecimento acadêmico, não podemos problematizar esses impactos?…”

“Publicar ou perecer”?

“…Enquanto no universo anglo-saxão muitos dos periódicos são publicados por empresas, traduzindo-se em uma atividade altamente monetizável (taxas de submissão e/ou revisão, acesso restrito), as publicações brasileiras de Comunicação estão vinculadas a Programas de Pós-Graduação e Associações de Pesquisa, nem sempre dotadas de recursos específicos para a atividade -Oliveira (2020) destaca esse ponto ao questionarem os aspectos avaliativos das publicações. Não por coincidência, Ganter e Ortega (2019) indiquem a "invisibilidade" da produção latino-americana sobre mídia e comunicação na Europa: essas dificuldades de gestão e algumas de suas consequências também são apontadas por Vaz, Almeida e Bassani (2010) ou Guedes (2018) e Pinho, Cabral e Rigo (2018).…”