Relação entre o índice de dentes cariados, extraídos e obturados (CEO-d) de crianças com o índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-d) materno.

Abstract

A cárie impõe prejuízos na qualidade de vida do indivíduo podendo causar mutilações oclusais. Devido à sua natureza multifatorial faz-se necessário conhecer sua epidemiologia e as questões referentes à sua transmissibilidade e seus aspectos fisiopatológicos. Assim, este estudo tem o objetivo de avaliar a relação da experiência de cárie das crianças matriculadas no CMEI Dom Virgílio com a condição de saúde bucal de suas mães, comparando os índices de CEO-d infantil com o índice de CPO-d materno. Para isso foram avaliadas as fichas clínicas de 102 crianças e de 35 mães, cujas análises revelou que as 134 crianças, tinham idades que variam entre 0 e 6 anos estando o índice de CEO-d médio igual a 1,3 enquanto que na faixa etária de 1 a 2 anos o CEO-d médio foi 0,23 e as crianças com idade entre 5 e 6 anos apresentaram o valor médio de CEO-d = 2,7. Ao passo que as fichas das 34 mães revelaram que a média etária foi de 41 anos e 6 meses e o CPO-d médio ficou em 4,2. Os dados colhidos, até o momento, são inconclusivos quanto à transmissibilidade, porém demonstra que o fator tempo tem efeito direto na experiência de cárie infantil, uma vez que à medida que as crianças aumentam sua idade, a experiência da cárie também aumenta tornando o CEO-d infantil mais proporcional ao CPO-d materno. Sugerindo também que os fatores sócio-culturais, apresentam relação direta entre a condição de saúde bucal da criança e de sua mãe.