Relação entre ingestão de vitamina C e enzimas antioxidantes em mulheres obesas

Abstract

O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre a ingestão de vitamina C na dieta e a atividade de enzimas antioxidantes em mulheres obesas. Trata-se de um estudo caso-controle, envolvendo 62 mulheres, com idade entre 20 e 50 anos, sendo distribuídas em dois grupos: grupo controle (mulheres eutróficas, n=40) e grupo caso (mulheres obesas, n=22). Foram realizadas medidas de peso corporal e altura para o cálculo do índice de massa corpórea, bem como estimadas a ingestão de calorias, macronutrientes e vitamina C. Além disso, foram coletadas amostras de sangue das participantes para posterior análise da atividade eritrocitária das enzimas glutationa peroxidase e superóxido dismutase. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS for Windows 22.0. Quanto aos resultados, observou-se diferença estatística significa quanto ao consumo de carboidratos e lipídios (p<0,05), sendo menor no grupo caso. Além disso, as mulheres obesas ingeriram quantidade de vitamina C inferior ao grupo controle (p<0,05). A atividade da enzima glutationa peroxidase foi semelhante entre os grupos, por outro lado observou-se atividade reduzida da enzima superóxido dismutase nas mulheres obesas (p<0,05). Não foi verificada correlação entre os parâmetros de vitamina C e enzimas antioxidantes nos grupos. Dessa forma, conclui-se que a ingestão de vitamina C pareceu não influenciar a atividade de enzimas antioxidantes.

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“…Devido ao seu baixo potencial redutor, essa vitamina atua como antioxidante na maioria dos compostos reativos radicalares formados em sistemas biológicos, neutralizando os mesmos (Wong, Chin & Ima-Nirwana, 2020). Estudos indicam que a ingestão dietética regular de vitamina C está associada ao aumento da capacidade antioxidante e a redução de marcadores inflamatórios (Silva et al, 2021). Apesar de estudos mostrarem resultados favoráveis sobre a vitamina C, uma superdosagem de vitamina C pode resultar em hipervitaminose, ocasionando em um risco crescente de nefrolitíase (Sádio et al, 2021).…”