Introdução: o Acidente Vascular Encefálico (AVE) envolve a interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, resultando em danos neurológicos permanentes. Fatores de risco incluem estresse, idade avançada, colesterol elevado, hipertensão, tabagismo, álcool, diabetes, doenças cardíacas, sedentarismo e obesidade. O AVE pode ser isquêmico (interrupção do fluxo sanguíneo), hemorrágico (ruptura de vasos) ou transitório (falta temporária de fluxo). O AVE isquêmico possui várias fases: hiperaguda (0-24 horas), aguda (1-7 dias), subaguda precoce (7 dias a 3 meses), tardia (3-6 meses) e crônica (mais de 6 meses). Independentemente do tipo ou fase, o AVE provoca sintomas súbitos de perda de função, que podem ser graves e até fatais. Objetivo: descrever as estratégias fisioterapêuticas utilizadas durante a reabilitação de um paciente diagnosticado com AVE do tipo isquêmico e verificar seus efeitos sobre a funcionalidade. Relato: trata-se de um estudo de caso constituído por uma avaliação inicial abrangente do estado físico e funcional do paciente. Com base nos resultados dessa avaliação, foram estabelecidas metas e procedimentos terapêuticos específicos a serem seguidos durante o período do estudo. A intervenção foi elaborada e conduzida de acordo com as necessidades identificadas, a saber: alongamento e fortalecimento muscular, treino de equilíbrio, treino de marcha, descarga de peso, estímulos para recuperar a sensibilidade, entre outras. As sessões de tratamento foram conduzidas duas vezes por semana, na Clínica Escola de Fisioterapia FAMP. Após a intervenção, o paciente apresentou melhora no equilíbrio, na força e tônus muscular, melhora na marcha (sem mais necessidade de assitência) e obteve pontuação máxima na Medida de Independência Funcional, principal desfecho do estudo. Por meio desses resultados, ressalta-se a fundamental importância do papel da fisioterapia para a reabilitação de pacientes pós-AVE, especialmente sobre sua funcionalidade.