Em razão da necessidade de reduzir os efeitos do aquecimento global e de estender o fornecimento de eletricidade em áreas rurais geograficamente isoladas, os governos têm incentivado o uso de fontes alternativas de geração de energia elétrica por meio de políticas públicas. Neste cenário se destaca a energia solar, oriunda da radiação emitida pelo sol, que pode ser usada como fonte térmica para o aquecimento de fluidos ou ambientes e ser diretamente convertida em energia elétrica, a partir dos efeitos termoelétrico e fotovoltaico. O objetivo deste estudo é abordar uma visão genérica qualitativa do aproveitamento térmico e fotovoltaico da energia solar em áreas rurais no Brasil nos últimos doze anos (2009 a 2020). Consequentemente foram destacados os atuais avanços dessa fonte alternativa na matriz elétrica nacional e as políticas públicas de incentivo a tecnologias descentralizadas de produção de eletricidade. Para a construção da revisão de literatura o estudo utilizou informações publicadas em artigos científicos, livros, atlas e resoluções normativas que atendessem a uma série de critérios básicos de seleção. Os resultados apontaram que a energia solar térmica tem sido utilizada para o tratamento e dessalinização de água para o consumo humano, reaproveitamento na produção agrícola, além da secagem de grãos, frutas e resíduos de produtos rurais. Enquanto a energia solar fotovoltaica tem sido utilizada para o bombeamento de água com foco no abastecimento da pecuária de corte e na irrigação de precisão, além da eletrificação rural, tema de amplo destaque no Brasil. Os incentivos governamentais auxiliaram na unificação de esforços quanto a eletrificação rural, ampliando o número de regiões isoladas com abastecimento de energia elétrica.