Regeneração natural em Mata de Restinga em área de pecuária extensiva no Município de Pelotas, extremo Sul do Brasil

Abstract

Foi analisada a regeneração natural em mata de restinga ocupada por pecuária extensiva no Município de Pelotas, RS. Foram delimitadas duas áreas, uma com acesso do gado ao interior da floresta e outra sem acesso (controle). Foram utilizados dois transectos com 20 parcelas sistemáticas de 2 m x 2 m distantes 5 m. Foram incluídos indivíduos arbóreo-arbustivos com no mínimo 50 cm de altura e no máximo 5 cm de DAS (diâmetro à altura do solo). Foram coletadas 27 espécies em 14 famílias. Na área controle foram encontradas 23 espécies e 316 indivíduos, enquanto na área com pecuária foram amostradas 10 espécies e 36 indivíduos. As espécies com maior densidade na área controle foram Psychotria carthagenensis Jacq. (91 ind.), Sorocea bonplandii (Baill.) W. C. Burger et al. (82), P. brachyceras Müll.Arg. (62), Trichilia elegans A.Juss. (15) e Eugenia uruguayensis Cambess. (11) e na área com pecuária foram Daphnopsis racemosa Griseb. (17 ind.), P. brachyceras (6), Solanum mauritianum Scop. (5), P. carthagenensis (2) e T. elegans (1). Os resultados mostraram diferença significativa da regeneração natural entre os dois trechos amostrados. Esses resultados corroboram com a hipótese de que a atividade pecuária influencia negativamente a riqueza e a estrutura da regeneração natural de comunidades florestais.

Degradação ambiental pelo fator antrópico e formas de mitigação: uma breve análise da agropecuária e seus impactos no meio ambiente

“…Em geral, a maior parte da degradação ambiental está relacionada ao fator humano, com a expansão agropecuária em larga escala sendo um dos principais motivos. Isso resulta em significativa emissão de gases do efeito estufa (GEE), poluição do solo e da água, além da exploração ilegal e seletiva de madeira (FERREIRA et al, 2005;ARRAES et al, 2012;COSTA;VENZKE, 2017).…”

Estratégias de recuperação de áreas degradadas

“…Áreas degradadas são aquelas que perderam sua capacidade de retornar ao seu estado original, sendo necessárias intervenções antrópicas, tais como a revegetação com o plantio de espécies arbóreas nativas. Uma área degradada tem uma baixa produção devido à perda de nutrientes e de sua diversidade; sua recuperação pode fazer com que a sua produtividade volte a níveis aceitáveis para uma produção sustentável, econômica e ambientalmente (COSTA; VENZKE, 2017;MONTEIRO et al, 2023;XAVIER et al, 2023). Sabendo então da existência de grandes áreas degradadas em território nacional, é necessário identificá-las e aplicar estratégias para sua recuperação.…”