Este artigo objetiva introduzir o debate sobre os avanços e retrocessos da Política pública de saúde mental e drogas no Brasil, apontando alguns de seus principais marcos. Realizamos um estudo bibliográfico onde foi possível compreender que, mesmo em um contexto neoliberal, os movimentos de Reforma Psiquiátrica e de luta antimanicomial conseguiram obter significativos avanços, instituindo e ampliando os direitos, principalmente entre os anos de 1990 e 2010, cujo modelo tornou-se referência internacional. No entanto, o ano de 2010 marca o início de um período de grande retrocesso no campo da saúde mental, com o fortalecimento do modelo hospitalocêntrico e manicomial, da isenção da responsabilidade do Estado e da responsabilização da sociedade civil