“…rompimento da barragem de Fundão deu-se em um contexto de deterioração das condições econômicas nacionais e do estado de Minas Gerais, o que potencializou o efeito negativo desse choque sobre o produto, a arrecadação fiscal, os gastos e, principalmente, o emprego formal local. A partir dessa última variável foi feita a análise das condições (de curto prazo) de resistência e recuperação dos choques analisados.Seguindo outros trabalhos na mesma linha(SILVA, 2018;SILVA;SILVA;TUPY, 2019; SILVA et al, 2021), foi constatado que a especialização produtiva no setor extrativista mineral e, ainda, a concentração do emprego em setores de baixo dinamismo (serviços menos complexos, comércio e construção civil) são fatores que comprometem a capacidade de recuperação pós-choque. Se a atividade principal (mineradora) desacelerar, como ocorreu, estes setores tendem a atuar prociclicamente, não conseguindo amortecer (de forma sustentada) os efeitos da contração econômica, tampouco se proteger quanto a novos choques.…”