“…Por não ser um conceito linear, a tolerância é acusada, por grande número de países não-ocidentais, de comportar e impor comportamentos e valores que são estranhos às culturas, assumindo perspectivas de dominação política, económica e cultural. Neste cenário, onde o relativismo cultural é uma ameaça constante, afirma-se não ser tolerável tudo que negue a liberdade e a humanidade da pessoa humana e possa sancionar crimes e violações de direitos humanos (Barroco, 2014). Por outro lado, não se deve ignorar que a noção dos direitos do homem, e a das liberdades fundamentais, fazem parte dos valores universais do século XXI e não podem ser considerados valores estranhos impostos por uma sociedade dominante (Chelikani, 1999).…”