O presente artigo aborda, por meio de uma exposição teórica, o quanto a forma de vida pós-moderna podepropiciar, ainda mais, a exacerbação de um sentimento de vazio e desesperança no homem contemporâneo,contribuindo para o aumento nas taxas de comportamentos desviantes e patológicos, como os voltados àautodestruição. Para isso, apresenta-se brevemente a idéia e o conceito de pós-modernidade, momentohistórico e cultural que se vive hoje, caracterizado, dentre outras coisas, pelo sentimento de desamparo, perdade identidade e exacerbação do narcisismo, demarcando a influência disso nas formas de subjetivação doser humano inserido neste contexto. A elevada incidência de psicopatologias, tais como a depressão, osquadros narcisistas e borderline, o uso e abuso de drogas e os transtornos de ansiedade, assim como atosviolentos auto e hetero-infligidos, apontam para sintomas típicos do mundo pós-moderno. Discute-setambém até que ponto a sociedade contemporânea pode ser responsabilizada por estas manifestações, nomomento em que tantos comportamentos desviantes, e inclui-se aqui os atos terroristas, a corrupção, osíndices de suicídio, a busca por alívio e satisfação com de substâncias químicas, são tão freqüentes atualmentecomo nos tempos passados. Serão estes os subprodutos da pós-modernidade? Destaca-se, ainda, o lugar eo papel da Psicologia neste contexto, no sentido de mostrar o seu compromisso com a promoção da saúdee do bem-estar dos indivíduos.