Reflexões do cuidado na saúde do homem na atenção básica

Abstract

Objetivo: Analisar a implementação das ações na saúde do homem na visão dos gestores e equipes da Estratégia Saúde da Família e construir possíveis estratégias do cuidado ao homem a partir dos problemas identificados. Métodos: O percurso metodológico foi desenvolvido por meio da pesquisa qualitativa, no ano de 2015, em um município do interior do Estado de São Paulo. Utilizou-se na 1ª fase para a coleta de dados, a entrevista semiestruturada com gestores e coordenadores e a técnica de grupo focal com duas equipes de saúde. A análise dos dados foi realizada pelo método de análise de conteúdo, na modalidade temática, realizando-se, na 2ª etapa, oficina de trabalho com as mesmas equipes no intuito de fomentar reflexões nas temáticas: o cuidado e a formação acerca da saúde do homem. Resultados: Há práticas incipientes implementadas nos serviços da Atenção Básica, considerando que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é recente. O conteúdo sobre a saúde do homem não tem sido abordado nas capacitações em serviço. Durante as oficinas, surgiram propostas para estratégias de trabalho na formação e no cuidado ao homem. Conclusão: Identificou-se que os profissionais de saúde necessitam de capacitações, realização da prática de educação permanente e o apoio da gestão para a continuidade desse cuidado.

Saúde do homem: necessidades, entraves e estratégias de enfrentamento sob a ótica do usuário

“…Todavia, percebe-se no homem, enquanto um ser inserido em um contexto social, a impregnação de uma cultura machista na qual a vergonha o impede de procurar a APS para suprir suas carências. Um estudo ressalta que é necessário constituir políticas que reconheçam as necessidades e especificidades desse público, além de adotar novas formas de pensar, tratar e atender o homem afim de aproximá-los da AB (Berbel;Chirelli, 2020).…”

Saberes e práticas sobre saúde entre homens quilombolas: contribuições para a atenção à saúde

“…A literatura científica demonstra que esse grupo populacional subutiliza os serviços e/ou autoavalia a assistência como ruim ou muito ruim (18)(19) . Os horários de atendimento das unidades de saúde não atendem efetivamente à disponibilidade dos usuários que residem nessas comunidades, sobretudo os homens que, devido às atividades laborais, optam, muitas vezes, por não dedicar um dia ou turno de trabalho para ir à unidade, potencializando a subutilização dos serviços (4) .…”

“…Nessa perspectiva, deve-se considerar a heterogeneidade social das possibilidades de ser homem, contexto em que as masculinidades são construídas historicamente, como processo em constante transformação. Esse aspecto é fundamental para promover a equidade na atenção à saúde dos homens, o qual deve ser considerado e valorizado segundo as diferenças por idade, condição socioeconômica e étnico-racial, local de moradia urbana ou rural, situação carcerária, deficiência física e/ou intelectual, orientações sexuais e identidades de gênero não hegemônicas (4)(5)(6) .…”

Knowledge and practices about health among Quilombola men: contributions to health care

“…Scientific literature shows that this population group underuses services and/or self-assesses assistance as poor or very poor (18)(19) . The opening hours of health units do not effectively meet the availability of users who live in these communities, especially men who, due to work activities, often choose not to dedicate a day or work shift to going to the unit, increasing the underutilization of services (4) .…”

“…From this perspective, the social heterogeneity of the possibilities of being a man must be considered, a context in which masculinities are historically constructed, as a process in constant transformation. This aspect is fundamental to promoting equity in men's health care, which must be considered and valued according to differences in age, socioeconomic and ethnic-racial condition, urban or rural place of residence, prison situation, physical and/or intellectual disability, sexual orientations and non-hegemonic gender identities (4)(5)(6) .…”