Refinamento de uma metodologia de projeto direcionada para Tecnologia Assistiva, com abordagem participativa dos usuários

Abstract

Dedico este trabalho a todas as pessoas com deficiência que, em algum momento de suas trajetórias, não se sentiram ouvidas ou contempladas. Que nada mais seja sobre vocês, sem vocês. AGRADECIMENTOSA Deus. Por todos que colocou em meu caminho, por cada porta que abriu e que fechou. Por me dar forças e guiar meus passos quando nem eu acreditava mais que era possível. Aos meus pais e meu irmão, por serem meu porto seguro, minha rocha, minha certeza. Ao meu amor. Por ser meu companheiro e parceiro de vida, por me dar mais esperança na humanidade, por me lembrar todos os dias do motivo pelo qual fazemos ciência. Às queridas professoras Zilda e Luciana, melhores orientadoras que eu poderia ter, por todo o aprendizado compartilhado e pela amizade construída. À minha família são-carlense: Marcelo, Marina, Lina, Carlos, Talita e Teco. Não tenho palavras para descrever a importância de vocês na minha vida. Aos meus amigos verdadeiros, presentes mesmo à distância. Aos queridos colegas de laboratório Dávila, Joaquim, Amir, Daniel e João Victor. Ao funcionário do Bogas Parafusos, cujo nome até hoje não sei, mas que sempre queria saber como estava indo o projeto. Às minhas raízes, ao meu Nordeste. Pela visão de mundo e de humanidade. Pelo sentimento de pertencimento. Pela vontade de mudar a realidade, de dar um retorno à sociedade. Às pessoas maravilhosas que de alguma forma participaram do meu trabalho, mesmo em meio a uma pandemia, seja divulgando a pesquisa, seja respondendo questionários, seja avaliando. À EESC/USP pelo suporte estrutural, acadêmico e de recursos. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001. RESUMO RODRIGUES, A. S. L. Refinamento de uma metodologia de projeto direcionada para Tecnologia Assistiva, com abordagem participativa dos usuários. 2022.

Sistematização do projeto de uma cadeira de banho: utilização de métodos com abordagem participativa

“…Dessa forma, elencadas como um dos produtos assistivos prioritários (Organização Mundial da Saúde, 2017), as cadeiras de banho apresentam importância significativa na reabilitação, no desempenho ocupacional e na independência. No entanto, tais equipamentos têm recebido pouca atenção de pesquisas (Rodrigues, 2022), e alguns dos trabalhos relacionados apresentam estruturas não-dobráveis (Malassigné et al, 2000), limitações orçamentárias (Dutra, 2008), motivações meramente tecnológicas (Yang et al, 2017) e público-alvo reduzido (Lindström;Sjöberg, 2019). Modelos comerciais com maiores níveis de conforto e ergonomia ainda são pouco customizáveis e têm valores inacessíveis.…”

“…Abordagens sistemáticas de projeto que promovam a participação ativa do usuário desde as etapas iniciais de desenvolvimento podem proporcionar um ambiente favorável à colaboração interdisciplinar, em que o indivíduo seja considerado não um cliente, mas um co-criador e protagonista (De Couvreur; Goossens, 2011) cujas necessidades, opiniões e preferências sejam traduzidas em requisitos e aprimoramentos a serem implementados, potencialmente aumentando as taxas de aceitação do produto final. Embora alguns esforços tenham sido direcionados à proposta e aplicação de tais metodologias (Aflatoony; Lee, 2020; García et al, 2021;Gherardini et al, 2018;Santos;Silveira, 2020), por vezes observa-se que a participação é restrita a consultas pontuais (De Couvreur;Goossens, 2011), a geração de conceitos é baseada em pesquisa de mercado ao invés de envolvimento ativo (Trischler et al, 2018), o levantamento de requisitos não incorpora fatores contextuais (Burleson et al, 2023), a aplicação de ferramentas da engenharia é escassa ou não há uma descrição clara de como efetivamente integrar os diferentes domínios do conhecimento (Rodrigues, 2022). Partindo de tais limitações, o objetivo deste trabalho é desenvolver o projeto conceitual de uma cadeira de banho através de uma abordagem sistemática e participativa, integrando ferramentas de coleta de dados com instrumentos da prática clínica e métodos de engenharia.…”