Redução do uso da <em>Cannabis Sativa</em> nas pessoas com deficiência motora em treino de basquete em cadeiras de rodas: ensaio clinico randomizado

Abstract

Introdução: as pessoas com deficiências têm anormalidade de estrutura ou função anatômica, fisiológica ou psicológica. Sendo que nas lesões crônicas e deficiências permanentes aumenta as taxas de prevalência de alterações mentais ou comportamentais. O uso de cannabis sativa nos esportes tornou-se questão polêmica proeminente e debatida pelas autoridades governamentais e por movimentos esportivos que lutam contra o doping no esporte. Objetivos: analisar o uso de Cannabis Sativa e aspectos saúde no Treino de Basquete em Cadeiras de Rodas (BCR) das Pessoas com Deficiência Motora (PCD-M). Métodos: estudo experimental tipo ensaio clínico randomizado. A amostra foi triada da população do sexo masculino PCD-M, em idade igual e superior a 18 anos até 55 anos, residentes na Baixada Cuiabana-MT, Brasil, sendo recrutadas por sorteio (n=100), e randomizadas para avaliação (n=48), alocados em dois braços sendo experimental (GE n=21) e controle (GC n=27). A coleta foi realizada por entrevista estruturada e avaliação clínica incluindo os aspectos sociodemográficos, hábitos de estilo de vida, autorrelatos de álcool e drogas. O treino de basquete foi feito duas vezes da semana às 2º e 4º feiras das 19h as 21h com @ 2 horas de tempo de duração. Para análise de dados foi utilizada a teste quiquadrado e cálculo estimativo do efeito da intervenção, com significância em p&lt;0.05 e 95% de intervalo e confiança. Resultados: A idade média foi de 35 (±8,8) anos. O tempo de prevalência das deficiências por etiologia Poliomielite foram superiores a 20 anos. Foram encontrados eventos de aspecto mental e comportamental com uso (Cannabis sativa, 25%); alterações no aspecto físico (úlcera de pressão=21%, infecção de urina=40%); previdência social pública (zero auxílio percapita, 10%). Houve melhora e o Número Necessário para Tratamento com Ulcera Pressão (NTT 3,0 e p=0.03); e redução de usuários de Cannabis Sativa (NNT= 5,50 e p=0.02) neste ensaio clínico. Conclusão: houve melhora dos aspectos da clínica pós intervenção no GE denotando redução do uso de Cannabis Sativa melhora da condição de saúde na PCD-M. Então, as técnicas de preleção com motivação de equipe, dinâmicas de grupo, a compreensão das regras antidoping nos campeonato de BCR corroborou no equilíbrio do comportamento mental reduzindo consumo de Cannabis Sativa. Assim programas de esportes coletivos para PCD-M podem contribuir no tratamento redução de consumo de Cannabis Sativa e ser estratégia de equilíbrio comportamental e de ressignificação da vida.