As plantas medicinais e a fitoterapia são terapêuticas usualmente utilizadas para promover bem-estar em saúde. Dentre as populações usuárias dessa prática de saúde, destacam-se moradores de baixa renda de áreas suburbanas, por se tratar de uma estratégia que envolve não só fundamentos científicos, mas também de outros determinantes como relacionamentos interpessoais, cultura, ambiente, crenças e contexto socioeconômico. Considerando o cenário pandêmico da Covid-19, o qual caracteriza-se fortemente pela constante atualização dos conhecimentos, a medicina popular tornou-se uma alternativa cientificamente respaldada e válida no processo de atenuação e/ou cura dos sintomas da infecção pelo SARS-CoV-2. Dessa forma, o presente estudo objetiva demonstrar a relação do perfil sociodemográfico da população suburbana com o uso terapêutico das plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento sintomatológico da Covid-19, através de uma pesquisa descritiva exploratória, com abordagem qualitativa, mediante aplicação de uma entrevista semiestruturada. O presente estudo identificou o seguinte perfil de consumidores de plantas medicinais: 100% mulheres, com média de idade de 48 anos, 50% com ensino fundamental completo e residentes na região semi-periférica; evidenciando a relação desse perfil populacional com a prática terapêutica voltada à Covid-19.