A fibrilação atrial (FA) é a arritmia mais prevalente, desencadeadora de um ritmo cardíaco irregular e acelerado. Embora nem sempre seja o fármaco de primeira escolha, a digoxina ainda é bastante usada, apesar de haver uma linha tênue entre seus efeitos terapêuticos, adversos e a mortalidade. Diante disso, o objetivo desse estudo é buscar evidências clínicas sobre a correlação entre o uso da digoxina e a mortalidade em pacientes com FA. Assim, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, utilizando os descritores “(Digoxin) AND (Atrial fibrillation) AND (drug therapy)”, nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Cochrane. A busca foi realizada durante o mês de fevereiro de 2021. Após a aplicação dos critérios de inclusão definidos, foram selecionados 15 estudos. Após análise, evidenciou-se o número crescente de estudos que relacionam a mortalidade à terapêutica com digoxina em paciente com FA e em associação a comorbidades, como insuficiência cardíaca (IC). Logo, embora não haja um consenso, a mortalidade foi superior nos grupos de portadores de FA, com cardioversor desfibrilador ou não, que utilizaram a digoxina; sendo a mortalidade ainda maior em idosos, em portadores de doenças renais, em pacientes com FA sem IC e na ausência de monitorização terapêutica. Diante das evidências apresentadas nessa revisão, podemos afirmar que o uso de digoxina em pacientes com FA deve ser evitado ou feito com cautela e acompanhamento rigoroso.