Abstract:A mancha-angular causada pelo fungo Phaeoisariopsis griseola, apresenta grande importância na cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris) no Brasil. O desenvolvimento de cultivares resistentes tem sido proposto como maneira eficaz, eficiente e econômica para o controle da doença. Um dos primeiros passos no programa de melhoramento visando resistência à mancha-angular é a identificação e seleção de fontes de resistência. Neste contexto, este trabalho objetivou a caracterização de 58 cultivares de feijoeiro quanto… Show more
“…Também foi verificada a interação famílias x ambientes e isso indica um comportamento não coincidente das famílias nos dois ambientes. Esse comportamento pode significar ocorrência de raças diferentes nos dois locais (Lavras e Lambari), já que P. griseola possui ampla variabilidade patogênica (Oliveira et al, 2004). A suscetibilidade da cultivar BRSMG Talismã, utilizada no experimento como testemunha, ficou evidenciada por sua nota 6,05 (Tabela 2).…”
O objetivo deste trabalho foi identificar famílias de feijoeiro com resistência a Colletotrichum lindemuthianum e Phaeoisariopsis griseola e com outros fenótipos agronômicos desejáveis. As famílias utilizadas foram obtidas do cruzamento entre a linhagem H91, portadora de três alelos de resistência à antracnose, com três famílias F2:5 resistentes à mancha-angular, derivadas da cultivar Jalo EEP 558. Foi utilizado o delineamento látice quadrado em todos os experimentos. Inicialmente, foram avaliadas 144 famílias F2:3, no inverno de 2004, em Lavras, MG, com base no tipo de grão. Foram selecionadas 80 famílias F2:4 e avaliadas com a testemunha BRSMG Talismã, no período das águas de 2004/2005, no mesmo local. Considerando-se o tipo de grão e a resistência à mancha-angular e antracnose, foram mantidas 48 famílias F2:5, que foram avaliadas na seca de 2005, em Lavras e Lambari, MG. Essas 48 famílias passaram por inoculação das raças 2047, 73 e 1545 de C. lindemuthianum, para verificação da presença dos alelos de resistência Co-4², Co-5 e Co-7, respectivamente. Foram identificados genótipos da maioria das 48 famílias, quanto à reação à antracnose, das quais se destacaram quatro, em relação ao tipo de grão semelhante ao 'Carioca', de porte ereto, produtividade elevada e resistência à mancha-angular.
“…Também foi verificada a interação famílias x ambientes e isso indica um comportamento não coincidente das famílias nos dois ambientes. Esse comportamento pode significar ocorrência de raças diferentes nos dois locais (Lavras e Lambari), já que P. griseola possui ampla variabilidade patogênica (Oliveira et al, 2004). A suscetibilidade da cultivar BRSMG Talismã, utilizada no experimento como testemunha, ficou evidenciada por sua nota 6,05 (Tabela 2).…”
O objetivo deste trabalho foi identificar famílias de feijoeiro com resistência a Colletotrichum lindemuthianum e Phaeoisariopsis griseola e com outros fenótipos agronômicos desejáveis. As famílias utilizadas foram obtidas do cruzamento entre a linhagem H91, portadora de três alelos de resistência à antracnose, com três famílias F2:5 resistentes à mancha-angular, derivadas da cultivar Jalo EEP 558. Foi utilizado o delineamento látice quadrado em todos os experimentos. Inicialmente, foram avaliadas 144 famílias F2:3, no inverno de 2004, em Lavras, MG, com base no tipo de grão. Foram selecionadas 80 famílias F2:4 e avaliadas com a testemunha BRSMG Talismã, no período das águas de 2004/2005, no mesmo local. Considerando-se o tipo de grão e a resistência à mancha-angular e antracnose, foram mantidas 48 famílias F2:5, que foram avaliadas na seca de 2005, em Lavras e Lambari, MG. Essas 48 famílias passaram por inoculação das raças 2047, 73 e 1545 de C. lindemuthianum, para verificação da presença dos alelos de resistência Co-4², Co-5 e Co-7, respectivamente. Foram identificados genótipos da maioria das 48 famílias, quanto à reação à antracnose, das quais se destacaram quatro, em relação ao tipo de grão semelhante ao 'Carioca', de porte ereto, produtividade elevada e resistência à mancha-angular.
“…The best effective way to control the disease is through resistant cultivars; the genetic characterization of resistance is of considerable importance for bean breeding (Oblessuc et al, 2012). Several sources of resistance have been reported (Pastor-Corrales and Jara, 1995;Pastor-Corrales et al, 1998;Mahuku et al, 2003;Oliveira et al, 2004;Reis-Prado et al, 2006;Sartorato, 2006;Bruzi et al, 2007;Oblessuc et al, 2012;Keller et al, 2015;Bassi et al, 2017), including the AND 277 cultivar, which is one of the cultivars most used by ALS breeding programs and genetic control studies (Carvalho et al, 1998;Aggarwal et al, 2004;Arruda et al, 2008;Gonçalves-Vidigal et al, 2011;Sanglard et al, 2013;Bassi et al, 2017;Silva et al, 2018).…”
Angular leaf spot (ALS) is a disease that causes major yield losses in the common bean crop. Studies based on different isolates and populations have already been carried out to elucidate the genetic mechanisms of resistance to ALS. However, understanding of the interaction of this resistance with the reproductive stages of common bean is lacking. The aim of the present study was to identify ALS resistance loci at different plant growth stages (PGS) by association and linkage mapping approaches. An BC2F3 inter-gene pool cross population (AND 277 × IAC-Milênio – AM population) profiled with 1,091 SNPs from genotyping by sequencing (GBS) was used for linkage mapping, and a carioca diversity panel (CDP) genotyped by 5,398 SNPs from BeadChip assay technology was used for association mapping. Both populations were evaluated for ALS resistance at the V2 and V3 PGSs (controlled conditions) and R8 PGS (field conditions). Different QTL (quantitative trait loci) were detected for the three PGSs and both populations, showing a different quantitative profile of the disease at different plant growth stages. For the three PGS, multiple interval mapping (MIM) identified seven significant QTL, and the Genome-wide association study (GWAS) identified fourteen associate SNPs. Several loci validated regions of previous studies, and Phg-1, Phg-2, Phg-4, and Phg-5, among the 5 loci of greatest effects reported in the literature, were detected in the CDP. The AND 277 cultivar contained both the Phg-1 and the Phg-5 QTL, which is reported for the first time in the descendant cultivar CAL143 as ALS10.1UC. The novel QTL named ALS11.1AM was located at the beginning of chromosome Pv11. Gene annotation revealed several putative resistance genes involved in the ALS response at the three PGSs, and with the markers and loci identified, new specific molecular markers can be developed, representing a powerful tool for common bean crop improvement and for gain in ALS resistance.
“…Alguns trabalhos foram realizados visando identificar fontes de resistência a mancha angular (Rava et al, 1�85;Sartorato et al, 1��1;Sartorato & Rava, 1��2;Oliveira et al, 2004). Entretanto, em função da grande variabilidade patogênica de P. griseola, cultivares que se comportam como resistentes em determinadas regiões apresentamse como suscetíveis em outras (Sartorato & Rava,1��4).…”
unclassified
“…Confirmando os dados obtidos por Faleiro et al (2001) no presente trabalho, a cultivar Diamante Negro foi susceptível ao patótipo 6�.2�. No entanto, foi considerado de resistência intermediária ao patótipo 6�.1�, o que diverge dos resultados encontrados por Oliveira et al (2004). As cultivares Ouro Negro e Pérola apresentaram resistência intermediária ao patótipo 6�.2�, o que é discordante dos resultados obtidos por Faleiro et al (2001).…”
unclassified
“…De um modo geral, as divergências entre os resultados obtidos podem ser devidas a diferenças nas metodologias empregadas nos diferentes experimentos, como por exemplo, número de plantas avaliadas/genótipo e diferenças de temperatura e umidade durante o período de incubação. Os isolados testados por Oliveira et al (2004) patótipo 6�.1� e por Faleiro et al (2001) patótipo 6�.2� foram os mesmos dada a importância econômica do tipo de grão carioca para várias regiões brasileiras, deve-se destacar que no presente estudo foram identificadas novas fontes de resistência à mancha angular com esse tipo de grão como BRS Requinte e BRS Pontal. Com grãos do tipo preto, além da cultivares BRS Valente, destacaram-se como novas fontes de resistência CNFP 101�8 e BRS Grafite.…”
Foi avaliada a reação de 23 genótipos de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris) à mancha angular causada por Phaeoisariopsis griseola, utilizando os isolados monospóricos Ig 664 e Ig 669, caracterizados como os patótipos 63.23 e 63.19, respectivamente. Quatorze dias após a semeadura (estádio V3), as plantas foram inoculadas com uma suspensão contendo 2,5 x 10(4) conídios/mL, nas faces adaxial e abaxial da primeira folha trifoliolada. A avaliação dos sintomas foi efetuada aos 14 e 18 dias após a inoculação, utilizando-se uma escala variando de 1 (sem sintomas) a 9 ( > 25% da área foliar com lesões de mancha angular). Das cultivares analisadas, BRS Valente, CNFC 10281, CNFP 10138, BRS Grafite, BRS Requinte, BRS Pontal, MAR 02, Cornell 49-242 e AND 277 foram resistentes aos dois isolados. As cultivares Carioca Rubi, CNFC 9504, CNFC 10150 e Soberano foram suscetíveis aos dois patótipos testados. O patótipo 63.23 foi o mais virulento. As novas fontes de resistência à mancha angular identificadas neste trabalho podem ser utilizadas em programas de melhoramento do feijoeiro comum, que visem incorporar resistência em novas cultivares.
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