Reabilitação em disfagia orofaríngea neurogênica: sabor azedo e temperatura fria

Abstract

REsuMOTema: reabilitação em disfagia orofaríngea neurogênica Objetivo: apresentar revisão de literatura sobre os controles neurofisiológicos da deglutição orofaríngea e a influência do sabor azedo e da temperatura fria no mecanismo da deglutição. Conclusão: quanto à questão do controle central da deglutição, ainda existem controvérsias em relação ao sabor azedo e a temperatura fria. Esses dois parâmetros provocam mudanças na dinâmica da deglutição, podendo trazer benefícios aos indiví-duos acometidos por disfagia orofaríngea neurogênica. Porém, tais achados sugerem a necessidade de investigações futuras com populações randomizadas. . A incidência eleva-se para 90% com avaliação videofluoroscó-pica da deglutição orofaríngea. A maior sensibilidade do exame videofluoroscópico da deglutição permite detectar tanto as formas mais leves de disfagia orofaríngea, caracterizadas por alterações orais dificilmente visualizadas pela avaliação fonoaudiológica clínica 2 , quanto as alterações faríngeas. Os distúrbios da deglutição são definidos como disfagia orofaríngea quando apresentam sinais e sintomas específicos, caracterizados por alterações em qualquer fase e/ou entre as etapas da dinâmica da deglutição, podendo ser congênito ou adquirido após comprometimento neurológico, com prejuízo dos aspectos nutricionais, hidratação, função pulmonar e integração social do indivíduo 3 . A reabilitação na disfagia orofaríngea tem utilizado técnicas fonoaudiológicas que envolvem o sabor azedo e a temperatura fria, com o intuito de aumentar a modulação oral e a resposta faríngea da deglutição 3 . Este estudo tem como objetivo apresentar revisão de literatura sobre os controles neurofisioló-gicos da deglutição orofaríngea e a influência do sabor azedo e da temperatura fria no mecanismo da deglutição. DEsCRITOREs

Food characteristics and oropharyngeal dysphagia: What speech therapists say

“…The most notable response was “room temperature,” for both G1 (36.35%) and G2 (55.55%). The literature confirms the benefits of cold stimuli for swallowing dynamics (Chee et al, ; Cola et al, , ; Hamdy et al, ; Lazzara et al, ; Pelletier & Lawless, ; Silva et al, ), but this alternative obtained the second best result in G1 (29.19%) and the worst result in G2 (12.77%). For the results of temperature variable, it was possible to observe a better result for G1 when compared to G2, but still presenting a high error rate (70.81%) when the inadequate responses (“warm,” “room temperature,” and “temperature does not interfere”) are added.…”

“…Temperature is another attribute that can be used in modification diets for dysphagia management, since cold stimuli are beneficial for swallowing patterns (Chee, Arshad, Singh, Mistry, & Hamdy, ; Cola et al, ; Cola, Gatto, Schelp, & Henry, ; Hamdy et al, ; Lazzara, Lazarus, & Logemann, ; Pelletier & Lawless, ; Silva et al, ). Cold thermal sensation in the region of the pillar of the fauces intensifies the responses of the area and when the food is presented the individual triggers deglutition faster (Lazzara et al, ).…”

Ingesta oral do paciente hospitalizado com disfagia orofaríngea neurogênica

“…Marik et al 23 e Bisch et al 24 apontam o uso de estratégias compensatórias, como modificação de consistências e volumes alimentares e modo de oferta, assim como modificações de postura, para promover a alimentação e a eficiência da deglutição, e reduzir os riscos de aspiração. Cola et al 25 indicam que o uso do sabor azedo e da temperatura fria auxilia de forma positiva a reabilitação da disfagia.…”

Efetividade da intervenção fonoaudiológica na progressão da alimentação via oral em pacientes com disfagia orofaríngea pós AVE

“…Speech therapy focused was also performed for the rehabilitation of swallowing during hospitalization, with techniques described in the literature as thermal stimulation, swallowing maneuvers and myofunctional exercises 12,13 .…”