Rastreamento e manejo da Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono: desafios para profissionais da Atenção Primária à Saúde.

Abstract

A Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é condição clínica importante com incidência crescente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. É condição negligenciada, com prevalência entre 30 a 56%, responsável por 80% dos casos de hipertensão arterial resistente (HAR), causa de sonolência diurna, hiperutilização de serviços de saúde, incapacidade laboral, sintomas depressivos, acidentes de trânsito e de trabalho e fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV). Este artigo tem como objetivo atualizar informações e com isso alertar sobre a importância do rastreamento e manejo da SAHOS em população com hipertensão arterial sistêmica (HAS) assistida na atenção primária à saúde (APS).

Qualidade do sono de pacientes em acompanhamento no ambulatório de geriatria

“…A patologia do sono mais predominante em idosos é a insônia, a qual é caracterizada pela insatisfação com a qualidade ou quantidade do sono que pode se apresentar por dificuldade de iniciar o sono, manter o sono ou despertar antes do horário habitual pelo menos 3 noites na semana por 3 meses, causando prejuízo em áreas importantes de funcionalidade e sofrimento clinicamente significativo (American Psychiatric Association, 2013;Freitas, 2016). Além dela, outro distúrbio do sono com relevância nessa faixa etária é a síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), que é definida por episódios de hipopneia (obstrução parcial da via aérea superior) ou apneia (obstrução total da via aérea superior), gerando alteração do fluxo aéreo laríngeo durante o sono (Freitas, 2016;Carrilho et al, 2019). Outros transtornos do sono frequentes na população idosa são a síndrome das pernas inquietas (SPI), movimentos periódicos dos membros (MPM), transtorno comportamental do sono REM (TCSR).…”