Raphanus sativus L. é um vegetal importante na dieta alimentar de vários povos de todo o mundo, devido principalmente à sua adaptabilidade a diferentes condições e quantidade considerável de vitaminas, açúcar solúvel e ácido fólico, carboidratos e outras substâncias antioxidantes, além de um período curto de cultivo e um rápido retorno econômico. Neste sentido faz-se necessário a procura de técnicas alternativas para a produção sustentável e baixa contaminação ambiental. Perante este contexto, o presente estudo objetivou-se em avaliar o desenvolvimento e a produtividade das raízes de rabanete sob diferentes doses residuais de matéria orgânica em diferentes ambientes de cultivo. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 5x2 e 5 repetições. Onde o primeiro fator representa as proporções de composto orgânico: 0%; 25%; 50%; 75%; e 100%. O segundo fator representa os ambientes de cultivo (protegido e natural). O ambiente protegido foi constituído de uma estufa de filme plástico com 50% de luminosidade e o ambiente natural a pleno campo (100% da luminosidade). O substrato foi preparado com o esterco bovino decomposto e misturado com areia. A semeadura foi realizada primeiramente em viveiro de bandejas plásticas, com a mistura de húmus e areia, ambos com 50% e posteriormente transplantadas após 10 dias de emergência das plântulas nos vasos de 5 L. Foram avaliados o número de folhas (NF), altura da planta (AP), diâmetro de raiz (DR), massa fresca da raiz (MF) e produtividade estimada (PE). Os dados foram submetidos à análise de variância ANOVA pelo teste F (p≤0,05) e em seguida foi feita à análise de regressão, pela decomposição dos graus de polinômios a partir dos contrastes ortogonais, pelo “Statistical Analysis System - SAS” na versão acadêmica. Com base na regressão linear testada para os dois ambientes, observou-se um aumento significativo de todas as variáveis avaliadas com o aumento na concentração de substrato, e o ambiente sem sombrite produziu acima de 81% de MF e PE de rabanete em comparação com o ambiente com sombrite. Concluiu-se que o rabanete respondeu melhor à adubação na proporção de 100% e que o ambiente sem sombrite promoveu melhor rendimento da cultura em relação ao ambiente com sombrite.