"Racialização" das políticas de saúde? (nota sobre as políticas de saúde para as populações negra e indígena)

Abstract

Este trabalho relata debate ocorrido em reunião do Conselho Estadual de Saúde do Maranhão, acerca da oportunidade e da conveniência de oferta, para 2 turmas, de curso de Especialização (360 h.) em Saúde da Mulher Negra pelo Mestrado em Saúde e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão. Contextualiza-se este episódio entre os debates sobre as políticas de promoção da igualdade racial, atualmente em curso, em âmbito nacional. Palavras-chave: Saúde da mulher negra; Políticas de promoção da igualdade racial. István van Deursen Varga Médico. Doutor (pós

Saúde da população negra e da mulher como políticas públicas e campos intelectuais: subsídios para um estudo de caso sobre o racismo institucional sistêmico

“…The first objections to the course were expressed by physicians -among them, faculty colleagues from UFMA itself 7 in the presentation of the project to Maranhão State Health Care Council, as we had already reported in Varga (2007) -including the one defending that the creation of specific health care services to black people could not be justified as a new medical specialty; even in the collective public health care field -once the treatment and control of sickle-cell disease (which is the most easily recognized reason for a specific health care policy for the black population), for example, are responsibilities which allegedly have already been assigned to hematologists. Through those arguments, different professional categories reflecting on those issues are not seen as something worth being done.…”

Indicadores de obesidade: capacidade preditiva para síndrome metabólica em adultos quilombolas

“…Nosological characteristics of the population with African ancestry have been recognized, including genetic (hereditary diseases), clinical (a higher frequency and severity of metabolic and cardiovascular diseases), and social factors (poor life conditions and racism) 21 . In this respect, being black increases the probability of manifesting chronic diseases 6,[22][23][24] , prejudice results in unfavorable inequities for black and brown people 24,25 , and social inequalities increase the likelihood of manifestation of metabolic disorders in in populations with African ancestry 3,5,7,22,24,26 .…”