“…Na revisão bibliográfica realizada no segundo capítulo, apresentei alguns dos atuais atributos políticos que perpassam a utilização de psicofármacos assinalados nos estudos sociológicos brasileiros contemporâneos. Papéis político-subjetivos dos fármacos psiquiátricos destacados na analgesia da dor psíquica (Perrusi, 2015), no arrefecimento de sintomas de sofrimento mental em vista da produção de certa adequação ao atual regime capitalista de celeridade na produção e no consumo (Ferreira, J., 2014;, no controle químico extra-asilar de sujeitos desviantes (no caso, indivíduos diagnosticados com esquizofrenia) (Gerino, 2017), na busca por aprimoramento do desempenho no trabalho e no estudo (Azize, 2008b;Coelho, 2016;Maia, 2017), como tecnologia de gestão das diferenças (em particular, dos desconfortos vividos por sujeitos oriundos do meio rural e que passaram a residir nas periferias das cidades) (Côrtes, 2012).…”