“…A reflexão que se apresenta faz parte da posição que venho defendendo (GOMES, 2015(GOMES, , 2020 de que a pedagogia não se resume a um conjunto de regras e procedimentos sobre o ensino e a organização do tempo, do espaço, dos grupos, dos materiais, do currículo e de avaliação das potenciais aprendizagens, mas é também uma busca errante por situações e processos que permitam verificar e fazer acontecer a pluralidade humana, que pretende incessantemente respeitar a vida e ensaiar modos amorosos, e não apenas utilitários ou eficazes, de nos relacionarmos com o mundo que, assim, se poderá tornar comum (ARENDT, 2000(ARENDT, , 2001LARROSA, 2013LARROSA, , 2015MASSCHELEIN, 2008). No âmbito de uma crise pandémica que se traduziu em práticas de distanciamento, isolamento e do medo dos outros -dos seus corpos, do ar que respiram e transpiram -procuro olhar a educação através de formas éticas e estéticas que sejam um contributo para criar um espaço de pensamento onde a prática tenha um lugar de novo, na linha do que defende o «Manifesto por uma pedagogia pós-crítica»:…”