2015
DOI: 10.1590/s1413-24782015206308
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Quem tem medo da pedagogia?: contributos da teoria contemporânea da educação para resistir ao "regresso ao básico"

Abstract: RESUMO Este artigo parte dos ataques à pedagogia e assume a sua apologia. Refere modos infantis de pensar a (teoria da) educação em defesa de uma pedagogia pobre, de uma educação fraca e de uma infância estranha. Introduz um conjunto de abordagens teóricas que fazem a apologia de uma educação mais humana e menos humanista. Jacques Rancière (2002) e o modo como a aventura de Jacotot - o mestre ignorante - permite questionar um lugar-chave da educação: a explicação e a necessária desigualdade que caracteriza o a… Show more

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“…A reflexão que se apresenta faz parte da posição que venho defendendo (GOMES, 2015(GOMES, , 2020 de que a pedagogia não se resume a um conjunto de regras e procedimentos sobre o ensino e a organização do tempo, do espaço, dos grupos, dos materiais, do currículo e de avaliação das potenciais aprendizagens, mas é também uma busca errante por situações e processos que permitam verificar e fazer acontecer a pluralidade humana, que pretende incessantemente respeitar a vida e ensaiar modos amorosos, e não apenas utilitários ou eficazes, de nos relacionarmos com o mundo que, assim, se poderá tornar comum (ARENDT, 2000(ARENDT, , 2001LARROSA, 2013LARROSA, , 2015MASSCHELEIN, 2008). No âmbito de uma crise pandémica que se traduziu em práticas de distanciamento, isolamento e do medo dos outros -dos seus corpos, do ar que respiram e transpiram -procuro olhar a educação através de formas éticas e estéticas que sejam um contributo para criar um espaço de pensamento onde a prática tenha um lugar de novo, na linha do que defende o «Manifesto por uma pedagogia pós-crítica»:…”
Section: Introductionunclassified
“…A reflexão que se apresenta faz parte da posição que venho defendendo (GOMES, 2015(GOMES, , 2020 de que a pedagogia não se resume a um conjunto de regras e procedimentos sobre o ensino e a organização do tempo, do espaço, dos grupos, dos materiais, do currículo e de avaliação das potenciais aprendizagens, mas é também uma busca errante por situações e processos que permitam verificar e fazer acontecer a pluralidade humana, que pretende incessantemente respeitar a vida e ensaiar modos amorosos, e não apenas utilitários ou eficazes, de nos relacionarmos com o mundo que, assim, se poderá tornar comum (ARENDT, 2000(ARENDT, , 2001LARROSA, 2013LARROSA, , 2015MASSCHELEIN, 2008). No âmbito de uma crise pandémica que se traduziu em práticas de distanciamento, isolamento e do medo dos outros -dos seus corpos, do ar que respiram e transpiram -procuro olhar a educação através de formas éticas e estéticas que sejam um contributo para criar um espaço de pensamento onde a prática tenha um lugar de novo, na linha do que defende o «Manifesto por uma pedagogia pós-crítica»:…”
Section: Introductionunclassified
“…However, the integration of digital technology does not occur naturally in a school context. According to Gomes (2015), there is a difficulty of the school to open itself to what is new.…”
Section: Introductionmentioning
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