RESUMOUma queixa comum feita pelos médicos solicitantes é que o laudo do Eletrencefalograma (EEG) faz pouco sentido e não contribui para o diagnóstico. Assim, os autores, baseados em seu cotidiano e na literatura, fazem breves comentários e sugestões a respeito da elaboração do laudo do EEG abrindo o tema para discussão. Uma abordagem sistemática da descrição (laudo) é necessária para que os achados contribuam positivamente no processo propedêutico. Assim a descrição do EEG deve ser dividida em algumas partes: 1.identificação do laboratório e paciente; 2.características técnicas do equipamento e condições do exame; 3. corpo do laudo, que trata da descrição dos achados eletrográficos; 4.conclusão, onde é referido se o exame é normal ou não e finalmente; 5.correlação eletroclínica, quesito final e de interesse do clínico solicitante, e o momento no qual se tenta confirmar ou não as hipóteses diagnósticas. Advoga-se neste artigo que o laudo deve ser claro e objetivar o diagnóstico eletroclínico, pois, o EEG é ferramenta de auxílio diagnóstico tanto para o neurologista quanto para o clínico e o pediatra.
Unitermos. Eletroencefalografia, EEG, Diagnóstico, MétodosCitação. Kanda RG, Cury IJ, Lovatel ATB, Kanda PAM. Sugestões práticas para a descrição do EEG de rotina.
ABSTRACTA common complaint made by some referring physicians about the electroencephalogram (EEG) report is that it makes little sense and often does not help in the diagnosis or management of their patients. Thus, opening the topic for discussion, the authors, make brief comments and suggestions regarding the report of the EEG. A systematic approach to the description is required so that the findings contribute positively in the report process. Consequently, the description of the EEG should be divided into several parts: 1. laboratory and patient identification; 2. equipment technical characteristics and test conditions; 3. description of electroencephalographic findings; 4.Conclusion, which state that the examination is normal or not; 5. electroclinical correlations that is what matters to the requesting clinician, and it is the moment one attempts to confirm the clinical diagnostic hypothesis. This article advocates that the EEG report should be clear and seek electroclinical diagnosis because the EEG is a diagnostic tool for neurologists, clinicians, and pediatricians.