Quando até as paredes cantam: o som como experiência na obra de Jerzy Grotowski

Abstract

Ao meu orientador, Fernando Henrique de Oliveira Iazzetta, por ter aceitado um projeto inicial sem nunca eu ter sido seu alunoo que pra mim é uma atitude de muita relevância dentro da academiae que, num pequeno equívoco cometido quanto ao objetivo da minha proposta, me fez encontrar a grande e verdadeira veia dessa pesquisa. Ao Mario Biagini, que ao longo de cinco anos de encontros, curtos e longos, me fez aprender muito sobre arte na vida e vida na arte, e que bater na parede é diferente de tocá-la. Ao Thomas Richards (que me provocou a acordar os ouvidos) e aos companheiros do Workcenter, especialmente do Open Program, com quem pude viver grandes aventuras criativas e ampliar minha visão geográfica e afetiva de mundo.

Cantos de Fé e Festa: investigações etnográficas e a (trans)formação do performer

“…Quero olhar para maneiras, modos, caminhos de expansão, alargamento, transformação 87 Doer, cuja tradução poderia ser atuante, ou fazedor, é um dos termos usados por Grotowski para se referir às pessoas no centro da ação performativa. De acordo com o pesquisador Luciano Mendes de Jesus (2016), o encenador polonês usou diferentes termos, a depender da fase de seu trabalho, para definir, assim, Ator, o qual estaria relacionado àquele que faz para que o outro assista. Tal questão, conforme se afirma, estaria presente na fase conhecida como fase teatral ou espetacular de Grotowski.…”

“…O canto de tradição, como pontua Luciano Mendes de Jesus (2016), é uma maneira de estabelecer diálogo entre passado e presente-o passado registrado sonoramente no canto antigo, como talha no tempo, e as sensações pulsantes do presente.…”