Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento da madeira da espécie Eucalyptus urophylla × Eucalyptus grandis estocada ao ar livre durante o período de sete meses, para a determinação de seus ganhos e perdas energéticas. Foram utilizadas árvores com cerca de 13 anos, transformadas em toretes de um metro, uma parte para ser estocada ao ar livre por sete meses, outra para análise da madeira recém-coletada. Para ambas as análises os toretes foram transformados em discos depois em cavacos, uma parte utilizada na determinação das densidades da madeira e produção do carvão vegetal, outra parte transformada em partículas para as análises químicas. As propriedades físicas da madeira apresentaram perdas durante o tempo de estocagem, enquanto o teor de lignina (20,99 a 24,02 %) e solubilidade em (NaOH) (13,53 a 21,42 %) aumentaram. Nas propriedades energéticas tanto da madeira como do carvão vegetal, as madeiras estocadas por sete meses apresentaram baixa densidade energética (2095,49 e 968,36 kcal/m -3 , respectivamente) altos teores de materiais voláteis (84,71 e 61,45 %, respectivamente) e altos valores de carbono fixo (15,1 e 80,92 %, respectivamente) e poder calorífico. O tempo de estocagem afetou de forma negativa nas propriedades físicas da madeira, principalmente sua densidade, onde acabou impactando na densidade energética tanto da madeira quando do carvão vegetal, reduzindo assim a quantidade de energia por unidade de massa, entretanto apresentaram bons resultados de carbono fixo e poder caloríficos, demostrando o seu potencial na geração de energia.