A conservação em gelo destaca-se como um dos mais econômicos, simples e adequados meios para manter o frescor do pescado. O estudo avaliou as alterações microbiológicas do Genyatremus luteus, eviscerado e não eviscerado, através das análises organolépticas pelo Método de Índice de Qualidade (MIQ) e presença de coliformes totais, termotolerantes e bactérias psicrófilas. Para a realização das análises microbiológicas, foram coletadas 18 amostras do peixe, sendo 9 evisceradas e 9 não evisceradas oriundas de três feiras livres do município de São Luís, durante os meses de outubro e novembro de 2019. Foram realizadas análises nos dias um, quatro e sete com o objetivo de avaliar o potencial do gelo em manter o frescor do pescado. O peixe não eviscerado apresentou o maior índice de microrganismos e bactérias psicrófilas, onde a feira B se destacou pelos valores mais elevados, sendo a quantidade inicial de coliformes totais do primeiro ao sétimo dia de 15,0 NMP/g, 240NMP/g e 1,1x10³NMP/g. Para os microrganismos termotolerantes iniciou-se com 15NMP/g, 460NMP/g e 460NMP/g. As bactéricas psicrófilas também formaram um maior número de colônias no peixe não eviscerado, sendo 1,68x105 UFC/g na diluição de 10-2 e 4,92x105 UFC/g na diluição 10-3 no primeiro dia e no quarto dia 2,47x105 UFC/g a 10-2 e 1,48x106 UFC/g a 10-7 e no sétimo dia foram consideradas “incontáveis”. Com o estudo observamos que o peixe com o melhor estado de conservação em gelo foi o eviscerado, mantendo sua qualidade microbiológica própria para o consumo até o quarto dia.