A agricultura representa um dos principais pilares da economia brasileira, sendo sua importância relacionada à segurança alimentar e à geração de oportunidades de trabalho. Entretanto, é necessário que haja uma reflexão crítica sobre a sustentabilidade do plantio. Entre os diversos tipos de culturas, o tomate destacou-se como um dos frutos mais plantados e consumidos do mundo. O presente artigo traz uma avaliação comparativa entre três tipos de plantio do tomate: convencional, orgânico e sustentável (TOMATEC®), desde o preparo do solo à comercialização no mercado. O trabalho foi realizado no norte fluminense do estado do Rio de Janeiro, junto a grupos que produzem o fruto nesses três tipos de plantio. A metodologia foi alicerçada em um questionário não estruturado, com respostas livres, aplicado aos agricultores da região. Acreditamos que este estudo contribuirá para a orientação da sociedade através de dados obtidos a partir de sérios critérios de processamento de informações. Os principais resultados mostraram, através do sistema sustentável de plantio da EMBRAPA (inovação), que é possível utilizar agrotóxicos com consciência ambiental e produzir frutos livres de resíduos. As doenças, no sistema convencional, são controladas pela aplicação de fungicidas e bactericidas. No plantio sustentável, utiliza-se uma mistura de detergente caseiro com óleo de soja, calda bordalesa, leite de vaca, fungicidas de contato e fungicidas sistêmico, e, no sistema de produção orgânica, é comum não deixar a doença se instalar na planta, através do controle preventivo do preparo e da proteção do solo. No controle de pragas, o sistema convencional realiza a aplicação inseticidas compostos por variados princípios ativos. No sistema orgânico, privilegia-se o controle de insetos através do equilíbrio do solo, com isso, as plantas adquirem maior resistência às doenças e pragas. No sistema sustentável, não há tratamento preventivo, e sim curativo. Os preços do fruto no mercado para o plantio convencional sofrem flutuações e dependem da oferta, enquanto os tomates dos sistemas orgânico e sustentável não apresentam flutuações. A produção orgânica não tem capacidade instalada para atender às demandas de mercado. Com isso, o sistema sustentável vem ganhando espaço no mercado e se expandindo pelos Sudeste e Sul do país.