Introdução: o período do puerpério é acompanhado de grandes transformações físicas e psicossomáticas, culminando em problemas de saúde como a fadiga, a incontinência urinária e a piora na qualidade do sono da mãe. O Método Pilates pode ser uma alternativa para a melhora destes problemas. Objetivo: revisar sistematicamente os efeitos do Método Pilates na qualidade do sono, fadiga e incontinência urinária em puérperas. Método: revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados realizada nas bases de dados Medline, PEDro, SciELO, Lilacs, Embase, Web of, Science, Scopus e Cochrane Library, onde cruzaram-se os descritores “Postpartum” e “Pilates Method”. Dos 63 artigos encontrados, quatro preencheram os critérios de seleção deste estudo e dois foram incluídos na metanálise para o desfecho qualidade do sono, mensurado por meio da escala Pittsburgh Sleep Quality Index. Resultados: ao todo, foram analisados os dados de 280 puérparas (24,5 ± 3,6 anos). Em todos os estudos foi aplicado o MatPilates (cinco vezes semanais, com duração de oito a doze semanas, totalizado de 40 a 60 sessões). Um estudo demonstrou diminuição da incontinência urinária e um estudo demonstrou diminuição da fadiga, inviabilizando a possibilidade de uma análise estatística destes desfechos. De acordo com a metanálise, o grupo submetido ao Método Pilates mostrou-se superior ao grupo comparação na melhora da qualidade do sono, mensurada por meio do questionário Pittsburgh Sleep Quality Index, em puérperas (IC95%: -1,74 – -1,24; I2: 0%), tanto nas quatro semanas após o parto (IC95%: -1,64 – -0,95; I2: 0%), quanto nas oito semanas após o parto (IC95%: -2,08 – -1,35; I2: 0%), sendo que os melhores efeitos foram observamos a longo prazo, após as oito semanas. O nível de inconsistência heterogênica da análise estatística foi de 0%, indicando boa consistência sobre os resultados. Conclusão: o Método Pilates é superior a intervenção mínima para melhorar a qualidade do sono em puérperas. Todavia, os resultados benéficos vinculados à fadiga e ao quadro de incontinência urinária nesta população devem ser analisados com cautela em virtude da inviabilidade de uma análise estatística.