Qualidade de vida e voz: a autopercepção vocal de pessoas transgênero

Dornelas, Rodrigo; Guedes-Granzotti, Raphaela Barroso; Souza, Alberto Silva; Jesus, Ane Keslly Batista de; Silva, Kelly da

doi:10.1590/2317-6431-2019-2196

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“…Barros et al (2019), Basar et al (2016, Dornelas et al (2020), Jellestad et al (2018 e Silva et al (2021) avaliaram a qualidade de vida relacionando-a às diferentes identidades de gênero, já Valashany et al (2018), relacionaram à orientação sexual. Dos estudos que avaliaram a qualidade de vida entre diferentes identidades de gênero (MtF e FtM) (Jellestad et al, 2018;Barros et al, 2019;Dornelas et al, 2020;Silva et al 2021) O estudo de Valashany et al (2018) avaliou a diferença da qualidade de vida entre indivíduos transexuais e não transexuais e observou que pessoas trans apresentam piores índices que as não transexuais. Assim como Jones, et al, (2019), que também observaram que os níveis de qualidade de vida eram mais reduzidos na população cis em comparação a população trans.…”

Section: Intervençãounclassified

Fatores associados a qualidade de vida de pessoas transexuais: uma revisão integrativa

Ramos

Taquette

2022

RSD

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Objetivo: Verificar os fatores associados à qualidade de vida em pessoas transexuais descritos na literatura especializada. Metodologia: Estudo de revisão integrativa, pesquisados na plataforma Biblioteca Virtual de Saúde, com busca considerando toda a coleção, a partir dos descritores “Qualidade de Vida”, “Transexual” e “Identidade de gênero”, em combinação com palavras-chave e operadores booleanos AND e OR. Foram considerados artigos publicados entre 2011 e 2021. Resultados: Foram encontrados 187 artigos a partir das palavras chaves, 161 foram eliminados considerando os critérios de inclusão,18 artigos foram elegíveis. A maior parte dos estudos foi desenvolvida nos EUA em 2018, retirada da Medline e se tratava de estudos observacionais transversais, de uma população com trans masculino e feminino. Dos estudos avaliados, 66,6% realizaram intervenção cirúrgica ou hormonal em sua amostra, e atribuem essa intervenção como fator associado à melhoria na qualidade de vida. Outros estudos verificaram que diferentes identidades de gênero e orientação sexual, bem como presença de transexualidade são importantes fatores para uma pior ou melhor qualidade de vida. Conclusão: É possível distinguir a importância do ajuste físico por meio cirúrgico ou hormonal na qualidade de vida de adultos transexuais. Porém, existem diferenças na qualidade de vida e percepção corporal entre avaliados de variadas identidades de gênero e orientação sexual. Observou-se carência de ferramentas de avaliação de qualidade de vida direcionada para pessoas trans.

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Section: Intervençãounclassified

Fatores associados a qualidade de vida de pessoas transexuais: uma revisão integrativa

Ramos

Taquette

2022

RSD

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“…A não conformidade com a voz já tem sido evidenciada na literatura em impactos negativos à população transgênero que tem buscado nos últimos anos os ambulatórios e clínicas fonoaudiológica para readequação vocal à nova identidade de gênero. Entretanto, os estudos que tratam de promoção à saúde vocal em homens trans são escassos, evidenciando a necessidade de trazer maiores contribuições para a atuação fonoaudiológica 7,8,9 .…”

Section: A Política Nacional Integralunclassified

“…Tal padrão social acarreta aos homens trans uma frustração, uma vez que suas vozes não se apresentam dentro do padrão socialmente exigido. Sendo um fator marcante na percepção de gênero, já há evidencias que a voz tem gerado perturbações negativas na qualidade de vida das pessoas trans, influenciando diariamente e socialmente, com impactos psicossociais e distúrbios vocais 7 . Percebe-se que o estereótipo da voz masculina tem sido relacionado, pelos homens trans, com a satisfação pessoal de serem identificados na sociedade pelo gênero masculino, e também com a segurança em relação às violências transfóbicas sofridas por essa população 2,9 .…”

Section: Utilização Do Binderunclassified

Promoção à saúde vocal em homens transgêneros

Silva¹,

Oliveira²,

Silva³

2021

Distúrb Comun

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Objetivo: Relatar a experiência da assistência fonoaudiológica na promoção à saúde vocal em homens transgêneros. Método: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência desenvolvido a partir das vivências do projeto de extensão universitária. O campo de práticas aconteceu em uma universidade privada, durante o segundo semestre do ano de 2019. Participaram oito homens trans com faixa etária entre 19 a 24 anos. Os atendimentos aconteceram uma vez por semana, em formato individual, pautados na integralidade, ou seja, as condutas terapêuticas foram adotadas a partir das necessidades e demandas dos sujeitos. Foi realizada uma avaliação vocal e aplicados instrumentos de avaliação vocal. Resultados: A principal queixa referida pelos participantes foi a oscilação entre grave e agudo da voz durante sua comunicação e atividades de vida diária. Observou-se a satisfação dos participantes quanto aos exercícios vocais de fonoterapia. Considerações finais: A assistência fonoaudiológica, no âmbito da população trans, tem mostrado sua importância no aprimoramento vocal, tornando-se mais um campo de atuação da Fonoaudiologia.

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“…In this perspective, transgender individuals experience an internal conflict regarding self-perception and the desire for physical adjustments and adaptations that align with their gender identity. In this context, different authors have observed a relationship between transgender identity and quality of life, with key factors being dissatisfaction with vocal self-perception and voice quality 4 , as well as body image concerns 5 .…”

Section: Introductionmentioning

confidence: 99%

Quality of life and level of satisfaction with pharmacotherapeutic follow-up in a transgender health center in Brazil

Lima Silva,

Oliveira Matos,

Ribeiro Sassaqui

et al. 2024

Sci Rep

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Trans people face numerous barriers to access and permanence in health services, which makes it difficult, among other things, to know about their quality of life and satisfaction with health services related to these users. Thus, the objective was to describle the quality of life and satisfaction with pharmacotherapeutic follow-up in transgender people. A cross-sectional, descriptive, and quantitative study was conducted between January and September 2022 at a specialized outpatient clinic for transgender individuals. The following aspects were describle: sociodemographic and medication profiles; quality of Life, which was measured using the WHOQOL-BREF questionnaire; and levels of satisfaction with Pharmacotherapeutic Monitoring, assessed through the Pharmacy Services Satisfaction Questionnaire (QSSF). Descriptive analyses employed measures of central tendency, absolute and relative frequencies, while inferential analyses used the Student’s t test. A total of 101 transgender individuals participated in the study, with a mean age of 25 years, the majority being single (79.2%/80), having more than 11 years of education (47.5%/n = 48), and comprising 48.5% (n = 49) transgender women. Hormone use was reported by 59.4% (n = 60) of the participants, with 18.3% (n = 11) of self-medication. Testosterone cypionate was the most common hormone used by transgender men (84%), while cyproterone acetate and estradiol represented 60.4% of hormone use among transgender women. Additionally, 36 transgender individuals were taking other drugs (n = 60), mainly antidepressives (28%). The WHOQOL-BREF showed higher scores in the domains of self-rated Quality of Life, and physical, and psychological well-being among transgender women compared to transgender men, but without statistical differences. Income revealed a statistically significant association with psychological domains and overall quality of life. The results of the QSSF indicated that the overall mean and average scores per question were higher than 4, suggesting that 100% of the sample was satisfied with the provided service. No statistically significant differences were observed in the Quality of Life between transgender men and women, but income was associated with the psychological domain and overall Quality of Life. All participants reported satisfaction with the Pharmacotherapeutic Monitoring service; however, there is a need to expand service offerings, such as medication dispensing.

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Qualidade de vida e voz: a autopercepção vocal de pessoas transgênero

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Fatores associados a qualidade de vida de pessoas transexuais: uma revisão integrativa

Fatores associados a qualidade de vida de pessoas transexuais: uma revisão integrativa

Promoção à saúde vocal em homens transgêneros

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