No presente artigo realizou-se uma articulação teórica discutindo a influência da cultura de culto ao corpo no desenvolvimento da dismorfia muscular. Trata-se de um estudo bibliográfico com abordagem qualitativa, onde foram consultadas: a plataforma CAPES, o Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), e as bases de dados: American Psychological Association (APA), Ebsco, Taylor & Francis, Sagepub, Springer e Elsevier, utilizado os descritores e suas combinações em língua inglesa: "Dismorfia corporal", "Dismorfia muscular", "Vigorexia", "Cultura de culto ao corpo". Nos resultados deste estudo, definiu-se o conceito do transtorno dismórfico corporal e de seu subtipo, a dismorfia muscular. Realizou-se uma articulação teórica entre a cultura de culto ao corpo e o surgimento da dismorfia muscular. Apresentou-se, uma revisão dos dados das pesquisas realizadas em seres humanos. Em seguida, identificaram-se as lacunas encontradas nesta investigação científica sobre a dismorfia muscular. Compreendeu-se que no contexto sociocultural ocidental, a cultura de culto ao corpo influenciou a forma como o indivíduo se relaciona com o próprio corpo, visto que a cultura é um dos principais pontos de referência na avaliação da autoimagem corporal. Deste modo, algumas psicopatologias passaram a apresentar-se. Uma vez que, esta cultura propícia que o indivíduo invista em si gradualmente para se adequar aos padrões de perfeição que lhes são exigidos. Concluiu-se que é nesta perspectiva, portanto, que está inserido o objeto de nosso estudo, a dismorfiamuscular.