Psicanálise E Inclusão Escolar: Um Redimensionamento Do Ideário Do Déficit

Neurociências em educação no Brasil: uma leitura foucaultiana

“…Maria Cristina Franco Ferraz (2008), doutora em filosofia pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, por sua vez, interpretou o filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças para questionar a forma como entenderíamos a memória. (GUARIDO, 2007;LEGNANI, 2010). Isso faria com que houvesse uma aceitação hegemônica dos pressupostos da psiquiatria biológica e do cognitivismo (norte-americano) (LEGNANI, 2010).…”

“…(GUARIDO, 2007;LEGNANI, 2010). Isso faria com que houvesse uma aceitação hegemônica dos pressupostos da psiquiatria biológica e do cognitivismo (norte-americano) (LEGNANI, 2010). Ademais, para Ferraz (2008) as tecnologias de imageamento cerebral seriam consideradas científicas e corroborativas para este processo.…”

“…No mesmo movimento, esses artigos críticos desaprovaram o apelo das neurociências à cientificidade, pois uma leitura psiquiátrica e biológica levaria à "crença cega no papel da ciência para uma efetiva melhoria da vida humana em sociedade" (LEGNANI, 2010, p. 169). Por vezes, os saberes da psicologia sofreram as mesmas críticas e foram equiparados aos saberes neuro, biológicos ou médicos (GUARIDO, 2007;LEGNANI, 2010). Ao mesmo tempo, questionou-se a veracidade de tais saberes e a sua postura ética perante o seu poder discursivo:…”

“…Da mesma forma, para Legnani (2010), aceitar a não dualidade mente-cérebro nos levaria a um tipo de cientificismo que desconsideraria a subjetividade do sujeito humano. Esse discurso médico e biológico da doença seria reducionista, se curvaria ao discurso capitalista e ajudaria nos lucros da indústria farmacêutica.…”