Protocolo de avaliação da probabilidade de uso recreativo de rios e sua aplicação para análise de risco

Abstract

Resumo Águas contaminadas representam um risco à saúde não somente pelo consumo direto, mas também pelo uso recreativo. Estratégias de análise de risco visam à redução dos casos de contaminação e devem incorporar as percepções e aceitação das pessoas em assumir riscos. Um método rápido e simplificado foi desenvolvido para avaliar a probabilidade do uso de águas recreativas. Foram realizadas entrevistas em municípios com condições ecológicas distintas, para elencar fatores que embasam a decisão das pessoas pelo uso dos rios. Em seguida, foi elaborado e realizado pré-teste do Índice de Probabilidade de Uso Recreativo de Águas (I-PURA) que, após ajuste, foi aplicado em 26 balneários de 5 das 9 regiões hidrográficas do estado do Rio de Janeiro. Foram medidas, ainda, a frequência de uso, a contaminação bacteriana da água e um índice de avaliação do habitat (IAH). O I-PURA foi correlacionado à frequência de uso, mas não com o IAH, evidenciando que a percepção dos usuários é diferente de aspectos puramente ecológicos. Este método contribui com a análise de risco e manejo dos recursos hídricos. Locais em que há alta probabilidade de uso, ou uso observado, e alta contaminação são estratégicos para intervenção.

Análise da qualidade da água recreativa em balneários da Cidade de Açailândia, Maranhão, Brasil

“…Houve ausência de óleos e graxas em todas as amostras. A água pode sofrer contaminações que estão relacionadas às alterações nas características químicas, físicas e/ ou biológicas, causando prejuízo à saúde da população, e comprometendo a fauna e a utilização das águas para fins comerciais, industriais, recreativos e de geração de energia, assim, esses tipos de contaminantes devem ser monitorados frequentemente para que não possam causar prejuízos a saúde pública (de Oliveira et al, 2018).…”

“…O uso de águas para atividades de recreação de contato primário exige requisitos mais restritivos de qualidade, que devem atender às condições de balneabilidade, considerando o risco oferecido à saúde em corpos hídricos contaminados pela exposição direta e prolongada a organismos patogênicos, óleos e graxas, toxinas, metais pesados, presentes em corpos hídricos contaminados dentre outros (Oliveira & Buss, 2018). O quadro de poluição da água pode ser monitorado através dos resultados de análise físico-química, assim, para ter o conhecimento da qualidade da água e se ela passou pelo tratamento adequado, tornando-a livre dessas poluições iniciais faz-se necessário esse tipo de análise.…”

“…O quadro de poluição da água pode ser monitorado através dos resultados de análise físico-química, assim, para ter o conhecimento da qualidade da água e se ela passou pelo tratamento adequado, tornando-a livre dessas poluições iniciais faz-se necessário esse tipo de análise. Porém, para que se obtenha uma maior confiança dessa qualidade, deve-se realizar, além de análises físico-químicas, análises microbiológicas, cujos resultados são expressos em qualidade e quantidade de organismos presentes (Oliveira & Buss, 2018).…”

“…As análises físico-químicas e microbiológicas são importantes pois avaliam e monitoram a qualidade da água para o uso humano, fornecendo auxílio às políticas de proteção ambiental e de saúde pública (de Oliveira et al, 2018). A destinação dessa água nos balneários é para uso recreativo, paisagístico turístico e de contato primário.…”

“…Atualização de parâmetros físico-químicos e microbiológicos é indispensável no processo de monitoramento da qualidade da água, pois esses processos podem gerar indicadores para tratamento e melhoria a aparência da água, removendo os sólidos em fase de suspenções e favorecendo a desinfecção da água eliminando possíveis agentes patogênicos (Brito et al, 2019). O estudo do pH da água para saber se está acida ou básica (Oliveira et al 2018) é muito importante no setor de distribuição, principalmente no abastecimento de água, pois está relacionada à coagulação/floculação da água e controle da desinfecção. Assim, a portaria nº 888/2021 do Ministério da Saúde estabelece que água esteja com o pH na faixa 6,0 a 9,0 no sistema de distribuição (Brasil, 2021;da Silva Junior et al, 2021).…”