Protocolo De Aferição Da Pressão Arterial Em Membros Inferiores

Abstract

<p>Objetivo: relatar a experiência de construção de um procedimento operacional padrão sobre a técnica de verificação da pressão arterial em membros inferiores. Método: estudo descritivo, tipo relato de experiência, que ocorreu durante o Estágio Supervisionado Curricular de Enfermagem em uma unidade de internação de um hospital localizado no interior do Rio Grande do Sul, em 2017. Resultados: o procedimento operacional padrão foi desenvolvido entre os acadêmicos e as enfermeiras com o objetivo de uniformizar a execução da atividade de forma segura, incluindo os materiais necessários, posição do paciente e guia de ação. Conclusão: a criação do procedimento operacional padrão pelos acadêmicos de Enfermagem possibilitou a construção de um protocolo com a técnica correta de aferição da pressão arterial em membros inferiores e contribuirá significativamente para a prática clínica.</p><p>Descritores: Protocolos. Pressão Arterial. Membros Inferiores.</p>

Panorama da literatura científica brasileira sobre Procedimentos Operacionais Padrão na Assistência de Enfermagem

“…Além disso, alguns estudos analisados (Almeida et al, 2022;Reis et al, 2021;Queiroz et al, 2021;Kreuning et al, 2018;Sales et al, 2018;Almeida et al, 2018;Paim et al, 2017;Honório et al, 2011) demonstraram como os profissionais de saúde compreendem a implementação dos POPs nos serviços de saúde, em especial enfermeiros. O POP é um recurso tecnológico que deve ser validado para que adquira credibilidade científica e ser utilizado para a finalidade educativa.…”

“…Entretanto, podem não ser uma realidade nas instituições devido a dificuldades tanto na sua implementação quanto no seu seguimento diário (Kreuning et al, 2018;Gomes et al, 2018;Walter et al, 2016;Honório et al, 2011;Guerrero;Beccaria;Trevizam, 2008). No aspecto da implementação, demonstra-se pelos estudos quantitativos e de relatos de experiência selecionados nesta revisão, que as dificuldades de implementação estão relacionadas à falta de participação coletiva dos usuários do POP (equipe de enfermagem) na sua construção; vencida a etapa de implementação, a dificuldade no seguimento diário, por sua vez, reside na ausência de uma educação permanente efetiva e de treinamentos frequentes, essenciais na medida em que eles não são apenas práticas de ensinoaprendizagem, mas políticas de educação em saúde capazes de buscar potencialidades, de realizar o levantamento de questões, investigar a realidade institucional na perspectiva de uma aprendizagem de si próprio enquanto empresa, do entorno e da responsabilidade dos profissionais (Reis et al, 2021;Toso et al, 2018;Gomes et al, 2018;Kreuning et al, 2018). Apesar de todas as suas potencialidades e benefícios, dois estudos analisados (Sales et al, 2018;Guerrero;Beccaria;Trevizam, 2008) demonstraram, através de métodos quantitativos, que os profissionais de enfermagem, em sua maioria, não consultam o POP no seu dia a dia.…”

“…Quanto às dificuldades diárias de se seguir a padronização dos POPs, destacamse: a falta de tempo, número reduzido de pessoal e consequente sobrecarga de serviços, falta de interesse, vícios da profissão (costumes em efetuar técnicas antigas e ultrapassadas), falta de conscientização ou compreensão sobre a importância da padronização, falta divulgação do POP entre os funcionários, difícil localização do POP, técnicas do POP desatualizadas, falta de incentivo ou cobrança por parte da chefia, comodismo, prática do aprender errado e continuar a fazer forma errada, prática do fazer o que considera ser mais fácil e prático e não o mais correto, ausência de treinamento específico, falta de material necessário descrito no POP (muitos POPs, por vezes, são copiados de outras instituições, com outras realidades de organização, gestão e disponibilidade de insumos) (Gomes et al, 2023;Reis et al, 2021;Kreuning et al 2018;Sales et al, 2018;Walter et al, 2016;Toso et al, 2015;Guerrero;Beccaria;Trevizam, 2008).…”

“…Os artigos analisados, sobretudo os publicados após 2013 (ano de estabelecimento da Programa Nacional de Segurança do Paciente -PNSP), ressaltam, conforme prevê o programa, a melhora da comunicação, a necessidade de elaboração e o apoio à implementação de protocolos, guias e manuais de segurança do paciente para a padronização de procedimentos e ações (Brás et al, 2023;Gomes et al, 2023;Reis et al, 2021;Corpolato et al, 2019;Kreuning et al, 2018;Sales et al, 2018;Paim et al, 2017).…”

Medida indireta da pressão arterial em membros inferiores: revisão integrativa

“…Experiências na prática assistencial mostram que os profissionais de saúde não tem capacitação para realizar a medida da PA na perna e apresentam dificuldade para selecionar o tamanho do manguito, colocá-lo na posição correta e interpretar os valores de PA encontrados (KREUNING et al, 2018).…”