“…No que diz respeito às características sociodemográficas (Tabela 1), observa-se que as mulheres avaliadas tiveram, em sua maioria, idade média de 48,94 anos, viviam com algum companheiro (66,7%), possuíam escolaridade de até o segundo grau/ensino médio (44,4%), trabalhavam antes do adoecimento (72,2%), moravam predominantemente em área urbana (72,2%), possuíam renda mensal de até no máximo um salário mínimo (82,3%) e percebiam que essa renda não era suficiente para custear as necessidades básicas de moradia, alimentação e saúde (72,2%)� Um aspecto que chama atenção nos resultados diz respeito ao estado civil das mulheres avaliadas� Isso porque um número expressivo de mulheres (66,7%) vivia com algum companheiro� Sabe-se que as mulheres com câncer de mama, além de conviverem com as complicações da própria doença, precisam enfrentar muitas vezes alterações na sexualidade e o afastamento do parceiro, o que pode contribuir para o aumento dos índices de estresse (Biffi & Mamede, 2004;Barbosa, Ximenes & Pinheiro, 2004;Gonçalves, Arrais & Fernandes, 2007)� Rodrigues, Silva e Lopes (2000), sinalizaram a importância atribuída as mulheres com câncer de mama em relação à participação do marido durante o processo de adoecimento. Contudo, apesar do presente estudo ter sinalizado que a maioria das mulheres possui um companheiro, o que pode ser considerado um fator de proteção, não foi possível afirmar se as mulheres avaliadas mantêm com esses companheiros uma relação conjugal positiva, onde seus parceiros as ajudem a enfrentar o adoecimento de forma menos sofrida�…”