Promoção de qualidade de vida na pessoa idosa: representações e adjetivações subjetivas

Abstract

No envelhecimento são observadas alterações de cunho biopsicossociais que sob influência das representações subjetivas atribuídas pelos indivíduos podem interferir na qualidade de vida. As adjetivações sociais que permeiam as culturas influenciam na construção da experiência subjetiva dos indivíduos, reverberando, sobretudo, em pessoas idosas. Isto posto, o presente ensaio versa acerca das percepções decorrentes das diferentes vivências no processo de envelhecer, considerando as representações sociais coletivas que constituem as individualidades de tal fenômeno. A singularidade das transformações decorrentes do processo de envelhecer ocasionam diferentes interpretações mediante as faixas etárias. Entretanto, quanto mais negativa forem as representações e atribuições subjetivas ao longo da vida, mais negativamente elas irão se apresentar na velhice. A identificação dos sentidos e significados atribuídos do envelhecer, possibilita reconhecer as consequências negativas do mesmo que perpetuam paradigmas negativos do envelhecimento, originando preconceitos que afetam a qualidade de vida de indivíduos idosos. Observou-se ainda que o contato intergeracional é uma forma de construir significações positivas relativas ao envelhecimento em faixas etárias distintas, onde ambas gerações se beneficiam de tal convivência e, focando em pessoas idosas, favorece o fortalecimento e a criação de redes de apoio para além das configurações familiares.

Transtorno de acumulação e perspectivas observadas no processo de envelhecer

“…Esses processos são marcados por características e fatores que exercem influência sobre a configuração da velhice, acarretando mudanças em ritmos variados, juntamente com o risco de aparecimento e desenvolvimento de doenças associadas à faixa etária. O envelhecimento abrange múltiplas dimensões da vida, destacando-se três fatores principais: biológicos, psicológicos e sociais (Ferreira-Costa et al, 2023).…”