IntroduçãoA técnica de histerectomia vaginal, descrita por Heaney 1934, apresenta algumas vantagens em relação à via abdominal. A via vaginal proporciona uma menor manipulação de alças intestinais, um pós-operatório menos doloroso, além de um menor tempo de internação e convalescência. Outra vantagem é a possibilidade de correção pela mesma via das distopias genitais associadas . O tratamento deve ser individualizado, podendo ser realizado por via vaginal, abdominal ou laparoscópica.Relatamos o caso de uma paciente que apresentou essa complicação rara após histerectomia vaginal, cujo diagnóstico e tratamento adequados possibilitaram a completa remissão dos sintomas.
Relato do casoPaciente com 47 anos, G5P3A2, e antecedentes de três cesarianas prévias e sem doenças associadas. No primeiro atendimento apresentava queixa de sangramento uterino anormal e anemia sem melhora com tratamento hormonal e suplementação de ferro. O exame clínico evidenciava um útero não prolapsado e aumentado de volume, além de uma boa mobilidade uterina, amplitude vaginal e arco púbico adequados. A ultra-sonografia mostrava útero miomatoso com volume estimado de 220 cm 3 , sem alterações nos anexos ou endométrio.