Projeto T.I.P.O. Assim! - Promoção De Saúde E Protagonismo Com Adolescentes

Abstract

O estudo versa sobre o Projeto T.I.P.O. Assim! (Territorialidade, intersetorialidade, promoção de saúde, protagonismo e ocupação de espaços) - desenvolvido em bairros de periferia de uma cidade do estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. Partiu-se da interrogação sobre as possibilidades de acesso aos adolescentes em situação de vulnerabilidade e uso de álcool e outras drogas associados ao sofrimento psíquico, que não aderem a abordagens de cuidado ao nível ambulatorial de convencionais de saúde mental. Objetivou-se promover saúde e protagonismo como alternativa ao consumo de álcool e outras drogas; possibilitar a subjetivação de adolescentes; criar estratégias de acesso, cuidado e prevenção em saúde mental de adolescentes. O referencial teórico foi a psicanálise, o conceito de sublimação foi relacionado à transformação da pulsão em produção cultural. Traz-se a territorialidade, associada ao princípio do Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa-intervenção foi proposta na metodologia. O projeto iniciou com o estudo das demandas nos territórios; formação de seis grupos com encontros semanais, com atividades ligadas à música, à poesia, à culinária e à percepção sensorial. Realizou-se um questionário com quarenta adolescentes para auxiliar na análise dos resultados. A exemplo de respostas, encontram-se: 97,5% dos adolescentes se reconhecem como protagonistas, 55% chegaram ao projeto pelo convite de amigos, demonstrando a importância da multiplicação; 57,5% perceberam mudanças nas relações de amizade, 37,5% na escola e 25% na família. A construção de espaços coletivos com adolescentes, a utilização de atividades culturais favorecem o protagonismo, a subjetivação e promovem saúde e prevenção ao uso de álcool e outras drogas.

Terapia comunitária: o impacto das práticas integrativas e complementares no processo saúde-doença

“…Dessa maneira, na TC existe o respeito à participação e ao protagonismo. Valoriza-se a singularidade dos sujeitos e a horizontalidade do diálogo (Reinheimer & De Camargo, 2022). Na prática da TC todos têm igualmente direito a "vez e voz", o que significa uma prática de horizontalidade.…”