Programa saúde na escola: reflexões sobre a prática

Abstract

O estudo tem como objetivo relatar a experiência de estudantes do curso de enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) acerca da realização do Programa Saúde na Escola (PSE) com adolescentes de um colégio estadual do município. A realização do PSE ocorreu em três etapas: etapa de planejamento, com reuniões com a equipe da Unidade de Saúde da Família e com a direção da escola; execução, com a aferição das medidas antropométricas dos alunos, avaliação da acuidade visual e vacinação; e avaliação, com o levantamento de possibilidades e limites do PSE. Dentre as possibilidades encontradas, destacou-se o apoio do colégio disponibilizando horários e estrutura física. Como limites, aponta-se a adesão parcial dos alunos e a sobrecarga de trabalho da enfermeira dispondo de pouco tempo para realizar o PSE. Faz-se necessário ainda maior envolvimento entre todos os envolvidos no processo, já que resulta em ganhos tanto para os adolescentes quanto para a equipe.Palavras-chave: saúde escolar, promoção da saúde, Enfermagem, saúde da família.

Práticas Educativas Em Enfermagem

“…Cientes da importância do PSE é necessário que seja evidenciada as dificuldades que esse programa enfrenta, sabendo que as escolas do programa possuem uma relação direta com a Unidade de Saúde da Família (USF), com a promoção à saúde e com a comunidade (FERREIRA et al 2015).…”

“…Apesar da equipe multiprofissional que compõe a USF é observada a presença de sobrecarga do horário de trabalho ao enfermeiro responsável pela equipe, pois além da execução do programa, existe a demanda necessária a ser cumprida na USF e pouco tempo para realizar as atividades do PSE. Tendo em vista que apenas um enfermeiro está responsável por toda equipe de enfermagem, pelos atendimentos, pela supervisão dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), além da conexão com a Secretaria de Saúde do município, dentre outros (FERREIRA et al 2015).…”

“…Fatores físicos que trazem constrangimento ao aluno; Fatores emocionais, na fase da adolescência principalmente onde as emoções estão mais evidentes; Fatores sociais, onde pode existir a falta de comunicação entre os grupos das escolas. (FERREIRA et al 2015). Fatores sexuais precisam ser discutidos entre os alunos, prioritariamente os que estão no ensino médio, como diz Mary Delaney (2021), assessora da Unesco em Educação para Saúde e Bem-estar na América Latina e no Caribe a Revista do Estadão, "A educação sexual contribui para prevenir a formação de atitudes e comportamentos nocivos estimulados por preconceitos" (MIRANDA; LAGO, 2021).…”

“…(GUETERRES et al 2017) Ademais, também corresponde a falta de materiais da unidade disponíveis para implementação e a falta de investimento adequado no programa também limita os profissionais adquirirem todos os equipamentos necessários e prolonga a adesão às tarefas com as escolas. (FERREIRA et al 2015).…”