A hanseníase é considerada uma doença negligenciada em consequência do seu potencial de eliminação e o alto número de pessoas infectadas. Na unidade básica de saúde, o enfermeiro atua diretamente no cuidado integral aos pacientes, desde o diagnóstico até a conclusão do tratamento. Objetivou-se avaliar o conhecimento, atitude e prática dos enfermeiros atuantes da Estratégia de Saúde da Família, acerca da prevenção e tratamento da hanseníase. Trata-se de um estudo transversal, analítico, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por enfermeiros, utilizou-se um questionário semiestruturado e validado. Os dados foram armazenados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. Encontrou-se como resultados, idade média de 37,1 anos, com 82% do sexo feminino, 76% já realizaram capacitação em Hanseníase. Acerca do conhecimento obteve fragilidade de 88% referente classificação dos casos. Quanto à atitude 94% concordaram com a importância da detecção precoce. Em relação à prática 94% afirmaram realizar busca ativa dos casos. Conclui-se dessa forma que os enfermeiros apresentaram conhecimento regular, atitude e prática adequada, sendo de suma importância a atuação desses profissionais no diagnóstico e tratamento da hanseníase. Enfatiza-se assim a necessidade de realizar capacitações pautadas nas atualizações do Ministério da Saúde com os profissionais enfermeiros que atuam na assistência primária, visando o diagnóstico precoce em razão do benefício ofertado ao doente, a família e a comunidade, promovendo qualidade de vida para a população.