Nos ecossistemas florestais, a dinâmica da serapilheira está relacionada à tipologia vegetal e as condições climáticas dos ambientes, as quais são influenciadas pela heterogeneidade topográfica da paisagem. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se diferentes condições de relevo (pedoformas convexa e côncava) alteram a dinâmica da serapilheira em Floresta Estacional Semidecidual na sub-bacia do ribeirão Cachimbal, Pinheiral-RJ. Foram selecionadas duas pedoformas adjacentes com relevo do tipo convexa (convexa-divergente) e côncava (côncava-convergente), sendo essas divididas em minissítios (MS) I, II, e III na pedoforma convexa e IV, V e VI na pedoforma côncava. Nos diferentes ambientes foram avaliados o estoque e a decomposição da serapilheira em duas estações do ano (chuvosa e seca). Para avaliar o estoque foram coletadas dez amostras de serapilheira de cada um dos MS, utilizando um gabarito quadrado com 25 cm de lado. Para avaliar a taxa de decomposição da serapilheira, foram selecionadas 10 g de folhas, as quais foram acondicionadas em litterbags, instalados no campo e coletadas em diferentes intervalos de tempo. O estoque e os teores de nutrientes da serapilheira foram influenciados em função do tipo da pedoforma, variação do gradiente topográfico e estação do ano, maiores estoques foram observados na pedoforma convexa, em estação seca e os maiores teores de K+ e Mg+2 foram observados nos MS inferiores das pedoformas. Por outro lado, os teores de carbono foram influenciados apenas pela estação do ano como maiores teores na estação chuvosa. A decomposição da serapilheira ocorre de maneira diferenciada em função da pedoforma, do gradiente topográfico e da estação do ano, cujos maiores valores foram observados na pedoforma convexa e na estação chuvosa.