Produção de serapilheira e retorno de macronutrientes em três grupos florísticos de uma Floresta Ombrófila Mista, RS

Abstract

RESUMOO objetivo do presente estudo foi avaliar a produção de serapilheira e o retorno de macronutrientes em três grupos florísticos, ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, localizada na FLONA de São Francisco de Paula, RS. Para isso, utilizou-se três conglomerados permanentes de 1 ha (100 x 100m) cada, onde a vegetação foi previamente classificada, por análise de agrupamento, em três distintos grupos florísticos: GF1 -Floresta Secundária de Encosta; GF2 -Floresta Ombrófila Mista Típica; e GF3 -Floresta de Locais Úmidos. Para a coleta dos dados foram distribuídos, sistematicamente, 16 coletores de serapilheira de 1m² de área, por grupo florístico. O material, recolhido mensalmente durante um ano, foi separado nas seguintes frações: folhas de folhosas, grimpas, galhos, miscelânea e sementes. Para a análise química dos macronutrientes -nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) -contidos na serapilheira depositada, foram considerados os grupos florísticos, as frações e as estações climáticas. A produção anual de serapilheira foi de 8.354,4 kg.ha -1 , 7.927,5 kg.ha -1 e 7.017,8 kg.ha -1 nos grupos GF2, GF1 e GF3, respectivamente. Nos grupos GF1 e GF3, a primavera foi a estação que apresentou a maior deposição, seguida pelo verão, inverno e outono. O GF2 apresentou maior deposição no verão, seguido da primavera, outono e inverno. As frações folhas de folhosas e grimpas constituíram no principal componente, respondendo também pelo maior retorno de macronutrientes. O retorno total estimado de macronutrientes foi de 358,57 kg.ha .ano -1 para os grupos GF2, GF3 e GF1, respectivamente. A ordem da transferência dos macronutrientes presentes na serapilheira depositada foi: N>Ca>K>Mg>S>P, para os grupos GF1 e GF2; e Ca>N>K>Mg>S>P, para o GF3. Palavras-chave: floresta com araucária; ecologia; nutrição florestal. ABSTRACTThe aim of the current study was to evaluate the production of litter and the return of macronutrients in three floristic groups which occur in the Araucaria Forest, located in the National Forest of São Francisco de Paula, RS state. For this purpose, we selected three permanent conglomerates of 1ha (100x 100m) each one, where the vegetation was previously classified, by cluster analysis, in three different floristic groups: FG1 -hillside environment; FG2 -typical araucaria forest; and FG3-humid environment. For litter fall collection, 16 litter traps of 1m 2 of area were distributed, systematically, by floristic group. The material was collected monthly during one year and separated in the following fractions: leaves, araucaria needles, branches,

Variabilidade Espacial Do Fósforo, Potássio E Da Matéria Orgânica De Neossolos, Sob Campo Nativo E Suas Relações Espaciais Com Os Atributos Do Terreno

“…A produção de serapilheira da espécie atingiu 637,01 kg ha ano -1 ) e Xylopia brasiliensis (637 kg ha -1 ano -1 ), Aidar & Joly (2003) que estudaram o padrão de deposição de Centrolobium tomentosum (420 kg ha -1 ano -1 ) e Portes et al (1996), com Ilex microdonta (1303 kg ha -1 ano -1 ). Para espécies da Caatinga citamse os resultados obtidos por Santana (2005) (MURBACH et al, 2003), e neste trabalho as folhas senescentes de C. pyramidalis apresentaram concentração de apenas 1,00 g de P por kg, semelhante ao relatado por Longhi et al (2011). Assim, através da queda das folhas, a espécie retorna ao solo cerca de 0,64 kg ha -1 de fósforo, quantidade muita reduzida e que corrobora o enunciado de Vitousek (1984), o qual sugere ser o fósforo o elemento mais limitante nas florestas tropicais.…”

Seasonal variation in the composition of ground-dwelling anuran (Amphibia) assemblages in southern Brazil

“…Here, we further support previous findings (Inger and Colwell, 1977;Maragno et al, 2013) that assemblages from structurally less stable habitats suffer high variation in composition across seasons. Seasonality in temperature, rainfall and photoperiod influence the phenology and productivity of plant communities (Soares et al, 2005;Overbeck et al, 2006;Liebsch and Mikich 2009;Longhi et al, 2011), causing changes to habitat heterogeneity and resource availability, which consequently influence the peaks of anuran species reproduction and their patterns of habitat use (Inger and Colwell, 1977;Both et al, 2008;Canavero et al, 2008;Santos et al, 2008;Maragno et al, 2013). As forest habitats are seasonally more stable than grassland habitats in regard to habitat structure, we initially suspected that anuran taxonomic, functional and phylogenetic composition would be more stable throughout the changing seasons in the forest habitat.…”

“…Plant architecture, phenology and tolerance to climate seasonality influences the vertical and horizontal stratification of habitats, which in turn alters the niche availability within forest and grassland habitats, offering differential opportunities for anuran reproduction, habitat selection, predator avoidance and food intake (Urbina-Cardona et al, 2006;Both et al, 2008;Oliveira et al, 2013;Gonçalves et al, 2015). The main seasonal changes in the forest structure are due to increases in tree flowering, fruiting and litter production, but not in canopy cover (Liebsch and Mikich, 2009;Longhi et al, 2011). In grasslands, the peak of plant reproduction, biomass production by both grasses and forbs and the consumption of dry biomass by soil microorganisms occur during the warm seasons (spring and summer) (Soares et al, 2005;Overbeck et al, 2006).…”

Incremento diamétrico arbóreo em diferentes grupos funcionais e produção de serapilheira em duas florestas tropicais brasileiras

“…Brun et al (2001) desenvolveram um estudo numa floresta subtropical e mostraram que o início da estação chuvosa apresentou velocidade de vento média mais elevada do que na estação seca. Os autores mencionaram uma provável relação entre ação mecânica e queda do material vegetal no solo da floresta (LONGHI et al, 2011).…”