Principais queixas osteomusculares em músicos da região do ABC paulista: um estudo de prevalência

Abstract

Introdução: Os músicos são profissionais com diversos fatores predisponentes a desenvolver o adoecimento ocupacional. Na maioria das vezes, eles apresentam queixas graves. A conscientização do músico para os riscos que ele pode sofrer e os métodos de prevenção são essenciais para evitar maiores danos que possam impedir a prática da atividade que o profissional exerce, uma vez que a música é relacionada ao bem-estar, ao equilíbrio emocional e ao divertimento. Objetivo: Levantar dados e analisar quais são as principais queixas osteomusculares dos músicos devido à postura adquirida na prática instrumentista. Métodos: A amostra conteve 80 músicos estudantes e profissionais da Associação Cultural Tocando a Vida, da Big Band da Fundação das Artes de São Caetano do Sul e da Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Esses músicos passaram por uma triagem e posteriormente responderam o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Resultados: Foi observado que, para todas as famílias de instrumentos, a metade ou mais apresentam dor causada pela prática instrumentista. Conclusão: Pode-se concluir que as regiões das mãos e da coluna tanto dorsal quanto lombar foram os locais mais afetados pela prática instrumentista independente de a qual família o instrumento pertença. Não foi possível analisar e relacionar a prevalência das lesões osteomusculares dos músicos, pois a grande maioria não realizava acompanhamento médico e não apresentava diagnóstico clínico.

Index of severity of musculoskeletal symptoms in keyboardists

“…The wrist and hand region was considered the third most frequent site of complaints, which may be related to the frequent use of these structures when playing, especially when considering the sum of weekly hours of study and work related to music. In fact, symptoms of pain, tingling, and numbness in the wrist/hand region seem to be prevalent among music professionals [26]; however, the high frequency of MS observed in this study should be carefully analyzed since most volunteers also used a computer, which can be considered a confounding factor.…”

Autoconsciência corporal e queixas álgicas em estudantes universitários de música

“…In general, these rates range from 10 to 79%, sometimes diverging when specific areas of the body are analyzed and may reach up to 94.8% when considering the symptoms reported in a period of up to one year 4,[16][17][18] . Although the types of disorders are numerous, performance-related pain is frequently addressed, being present in 18.3 to 79.7% of the musicians in the samples studied 5,19,20 .…”

“…Given the heterogeneity of studies in this area, among the factors that favor the establishment of diseases in musicians are pointed out the socio-demographic, health, physical, psychosocial, and work-related 21 , such as inadequate environment 22 ; instrument design and layout -generally the use of violin and piano is associated with higher rates of disorders, although there are conflicting studies in this regard 5,23 ; inadequate posture and long duration activities 24 , age -there are disagreements whether young or older age; female gender; nutritional status -higher BMI 16,23 ; physical fitness 25 , among others.…”

“…A study conducted in Poland points out musculoskeletal problems as highly relevant among musicians, requiring concern 4 . In Brazil, evaluating the main musculoskeletal complaints among music students and professionals in the ABC region of São Paulo, it was observed that, regardless of the type of instrument used (string, percussion, or wind instrument), the pain was a symptom mentioned by half or more of the participants, especially in the regions of the hands and dorsal and lumbar columns, and less than half of them had any medical follow-up in this regard 5 .…”

Percepción Del Uso De La Pintura Corporal en La Educación Anatómica Y Médica: Un Estudio Sustentable Interdisciplinar

“…Há uma cultura silenciosa da dor em músicos, como se esta fizesse parte da profissão. Sem falar que a falta de conhecimento e de acompanhamento do meio científico relacionado às questões de saúde dos músicos aliada com as problemáticas do medo em perder oportunidades de um mercado restrito e até de perder o emprego, se afastados, fazem com que haja negligência em não se aceitar ou de se conviver com as dores e com o desconforto gerado pela prática do instrumento 16 .…”